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Carreiras: “Não é provável” que o PSD apoie Assunção Cristas em Lisboa

Carlos Carreiras disse esta quinta-feira que o PSD está a conversar com “quatro pessoas”, grupo de onde sairá o candidato à Câmara de Lisboa. Sem excluir uma coligação com o CDS, o autarca disse que “não será provável” que o partido candidate “uma mulher”.

12 de Janeiro de 2017 às 18:21
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O PSD deverá apresentar "a grande maioria" dos candidatos às eleições autárquicas no início de Fevereiro, anunciou ao início da tarde desta quinta-feira, 12 de Janeiro, Carlos Carreiras, o coordenador autárquico do partido. Nesse lote, poderá estar o nome que o PSD vai apoiar para disputar a Câmara de Lisboa. Carlos Carreiras foi cauteloso e não excluiu de forma categórica uma coligação com o CDS. Mas disse que "não será provável" que o candidato do PSD seja uma mulher.

 

À margem da apresentação das actividades da Câmara de Cascais para 2017, a que preside, Carreiras deu mais alguns detalhes sobre a corrida a Lisboa. Para começar, revelou que o PSD está a "falar com quatro pessoas" a quem "já foi transmitido que há interesse em que participem" na equipa que se vai candidatar à Câmara de Lisboa. O nome do candidato vai sair desse lote de quatro pessoas? "Sim", confirmou.

 

Mas estamos a falar de um candidato ou de uma candidata? "Não será provável que seja uma mulher", adiantou. Embora tenha dito que "os cenários estão todos em aberto", esta frase parece pôr em causa o apoio a Assunção Cristas, a candidata do CDS. Até porque Carreiras diz que o PSD não está condicionado pela candidata dos centristas.

 

Neste momento "falta fazer a convergência das propostas do candidato e do partido". "Há esta troca, esta conjugação de projectos, para perceber quais são os indicadores mais importantes para colocar Lisboa no campeonato global e devolvê-la aos lisboetas", acrescentou também, antecipando "fumo branco" no final de Janeiro. O partido não tem pressa, até porque "ninguém consegue aguentar uma candidatura de vários meses". E o calendário do PSD aponta 31 de Março como o limite para apresentar candidatos.

 

Também presente na mesma ocasião, o presidente da distrital do PSD de Lisboa, Miguel Pinto Luz (que é vice-presidente da câmara de Cascais), disse que o partido está a "ultimar o nome" para a Câmara de Lisboa. "Não sei se será esta semana, estamos à espera de respostas", acrescentou.

 

Carreiras deu ainda mais pistas: o candidato será alguém com responsabilidades (embora não tenha explicitado se a nível empresarial ou político). E outra: "o candidato a Lisboa tem que ser alguém com notoriedade nacional", detalhou. Isso significa que será um independente? Não necessariamente. "Dentro de um Governo há ministros com posições diferentes". Ou seja: pode ser alguém do PSD.

 

Carreiras garantiu que a candidatura em que o PSD está a trabalhar "vai lutar pela vitória" e o partido não dá Lisboa "como perdida, como se disse". O partido queria que Pedro Santana Lopes se candidatasse a Lisboa, mas com a recusa deste, começou a ganhar força a hipótese de apoiar Assunção Cristas.

 

Se Paulo Vistas não tiver apoio do PSD "não é o fim do mundo"

 

No distrito de Lisboa, ainda há quatro municípios em que ainda não está definido o candidato do PSD: Lisboa, Oeiras, Loures e Odivelas. O caso de Oeiras dificilmente estará resolvido em Fevereiro, quando o partido anunciar a maioria dos candidatos às autárquicas. Mas Lisboa pode estar. "O candidato de um destes municípios vai ser anunciado nessa altura. Se puder anunciar Lisboa, anunciarei", antecipou.

 

E o Porto, também será anunciado nessa altura? "Não sei", respondeu Carreiras. E na câmara de Oeiras, o PSD apoiará a recandidatura de Paulo Vistas, o delfim de Isaltino Morais (com quem entretanto se incompatibilizou)? "Vamos procurar uma convergência e queremos sanar as divergências que existiram no passado, motivadas por questões pessoais", começou por dizer, garantindo que "neste momento não está nada fechado".

 

Mas Carreiras diz que "Paulo Vistas tem conseguido encontrar consensos" com a oposição mesmo sem ter maioria. Por isso, "se não chegarmos a acordo não será o fim do mundo".

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