Notícia
SDR Portugal prevê investir 150 milhões em sistema de recolha de garrafas nos supermercados
Deste envelope, cerca de metade - 70 milhões de euros - será para investir logo "nos primeiros dois anos", para a instalação de 3.600 máquinas de recolha de embalagens, disse Leonardo Mathias, presidente da SDR Portugal.
A SDR Portugal, única candidata até agora à gestão do futuro Sistema de Depósito e Reembolso de embalagens de bebidas não reutilizáveis de plástico e metal (garafas e latas), estima que será necessário um investimento de mais de 150 milhões de euros na implementação deste sistema em Portugal. Um valor acima dos 100 milhões previstos inicialmente pela associação sem fins lucrativos para criar em Portugal este modelo de incentivo à reciclagem que já existem em vários países europeus.
Deste envelope de mais de 150 milhões, cerca de metade - 70 milhões de euros - será para investir logo "nos primeiros dois anos" (prazo mínimo de implementação do sistema após a atribuição da licença), para a instalação de mais de 3.500 máquinas de recolha de embalagens e a "criação de mais de 1.000 postos de trabalho diretos e indiretos a nível nacional".
"Com a solução que defendemos, perspetivamos um investimento de mais de 150 milhões de euros", disse Leonardo Mathias, presidente do Conselho de Administração na 2ª Conferência SDR Portugal - Economia Circular e Inovação, acrescentando que no espaço de três anos os acionistas da SDR Portugal (80% das empresas do setor da distribuição e 70% das produtoras de bebidas ou embaladoras) já investiram mais de um milhão de euros no desenvolvimento da arquitetura do modelo de recolha e reembolso de embalagens.
Em causa, disse o mesmo responsável, está um "universo de 2,4 mil milhões de embalagens de uso único, que fazem parte do nosso quotidiano e precisam de ter um tratamento adequado para representarem um recurso efetivo e desempenhar o seu papel na economia circular". O objetivo é aumentar o número de embalagens recolhidas e recicladas, reduzir o seu impacto no ambiente e contribuir para as metas que Portugal quer cumprir.
"A implementação de um sistema de depósito e reembolso trará a Portugal os resultados que há muito esperamos. Portugal não pode perder mais tempo, não pode continuar a enviar para aterro e incineração cerca de 1,5 mil milhões de embalagens recicláveis por ano. A cada dia que passa o problema aumenta e a sua expressão é cada vez maior. Essas embalagens têm valor, que se perde desta forma, aumentando os custos", reforçou ainda Leonardo Mathias. O projeto-piloto já levado a cabo pela SDR Portugal permitiu recolher 12 milhões de embalagens de uso único.
De acordo com o presidente da SDR Portugal, "cerca de metade dos países da União Europeia, 13 em específico, já possuem um sistema de depósito e reembolso com várias soluções diferentes e alguns já instalados há dezenas de anos. Todos eles têm capacidade de recolher 90% das embalagens de bebidas de uso único consumidas em cada país. É preciso instalar uma solução que nos permita colocar Portugal neste mapa", disse o mesmo responsável.
Por seu lado, Kaupo Karba, presidente da Associação Europeia dos Sistemas Nacionais de Depósito e Reembolso, disse ser "expectável que vários países europeus adiram ao SDR nos próximos anos: Roménia e Hungria em 2023; Irlanda em 2024 e Grécia, Chipre, Áustria e Portugal em 2025".
Também na sessão de abertura da mesma conferência, que teve lugar esta quarta-feira em Lisboa, o secretário de Estado do Ambiente, Hugo Pires, admitiu que a implementação de um sistema de depósito e reembolso em Portugal "está atrasada", reconhecendo também que "não estamos na situação que gostaríamos de estar e estamos em falta perante os portugueses".
O regime jurídico deste sistema SDR depende diretamente do projeto legislativo Unilex, cuja revisão está neste momento atrasada, reconheceu ainda o governante. "O Unilex será um instrumento essencial para alcançar as metas de reciclagem de resíduos de embalagens com impacto direto positivo nas taxas de recolha, na qualidade do material recolhido e a qualidade dos materiais reciclados", disse Hugo Pires, prometendo que o Governo trabalhará para que "este sistema veja a luz do dia o mais brevemente possível e possamos encaminhar o país rumo ao cumprimento das metas estipuladas pela União Europeia".
Deste envelope de mais de 150 milhões, cerca de metade - 70 milhões de euros - será para investir logo "nos primeiros dois anos" (prazo mínimo de implementação do sistema após a atribuição da licença), para a instalação de mais de 3.500 máquinas de recolha de embalagens e a "criação de mais de 1.000 postos de trabalho diretos e indiretos a nível nacional".
Em causa, disse o mesmo responsável, está um "universo de 2,4 mil milhões de embalagens de uso único, que fazem parte do nosso quotidiano e precisam de ter um tratamento adequado para representarem um recurso efetivo e desempenhar o seu papel na economia circular". O objetivo é aumentar o número de embalagens recolhidas e recicladas, reduzir o seu impacto no ambiente e contribuir para as metas que Portugal quer cumprir.
"A implementação de um sistema de depósito e reembolso trará a Portugal os resultados que há muito esperamos. Portugal não pode perder mais tempo, não pode continuar a enviar para aterro e incineração cerca de 1,5 mil milhões de embalagens recicláveis por ano. A cada dia que passa o problema aumenta e a sua expressão é cada vez maior. Essas embalagens têm valor, que se perde desta forma, aumentando os custos", reforçou ainda Leonardo Mathias. O projeto-piloto já levado a cabo pela SDR Portugal permitiu recolher 12 milhões de embalagens de uso único.
De acordo com o presidente da SDR Portugal, "cerca de metade dos países da União Europeia, 13 em específico, já possuem um sistema de depósito e reembolso com várias soluções diferentes e alguns já instalados há dezenas de anos. Todos eles têm capacidade de recolher 90% das embalagens de bebidas de uso único consumidas em cada país. É preciso instalar uma solução que nos permita colocar Portugal neste mapa", disse o mesmo responsável.
Por seu lado, Kaupo Karba, presidente da Associação Europeia dos Sistemas Nacionais de Depósito e Reembolso, disse ser "expectável que vários países europeus adiram ao SDR nos próximos anos: Roménia e Hungria em 2023; Irlanda em 2024 e Grécia, Chipre, Áustria e Portugal em 2025".
Também na sessão de abertura da mesma conferência, que teve lugar esta quarta-feira em Lisboa, o secretário de Estado do Ambiente, Hugo Pires, admitiu que a implementação de um sistema de depósito e reembolso em Portugal "está atrasada", reconhecendo também que "não estamos na situação que gostaríamos de estar e estamos em falta perante os portugueses".
O regime jurídico deste sistema SDR depende diretamente do projeto legislativo Unilex, cuja revisão está neste momento atrasada, reconheceu ainda o governante. "O Unilex será um instrumento essencial para alcançar as metas de reciclagem de resíduos de embalagens com impacto direto positivo nas taxas de recolha, na qualidade do material recolhido e a qualidade dos materiais reciclados", disse Hugo Pires, prometendo que o Governo trabalhará para que "este sistema veja a luz do dia o mais brevemente possível e possamos encaminhar o país rumo ao cumprimento das metas estipuladas pela União Europeia".