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Potencial de aquecimento global subiu 6,8% em ano "extremamente seco"

O indicador que se baseia nos três gases que mais contribuem para o aquecimento global registou em 2015 uma inversão de tendência: subiu 6,8%, bem acima da actividade económica. Isto porque a seca justificou o aumento da produção de electricidade a partir do carvão.

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O potencial de aquecimento global, um indicador que tem em conta a evolução dos três gases que mais contribuem para o aquecimento global, inverteu a tendência de queda em 2015, e subiu 6,8% nesse ano em Portugal, a um ritmo bastante superior ao da actividade económica.

Este crescimento inverte a tendência de quebra verificada desde 2006.

A conclusão foi divulgada esta quarta-feira,18 de Outubro, pelo Instituto Nacional de Estatística que acrescenta que a subida do potencial de aquecimento global é acompanhada por um aumento do indicador de acidificação (3%) e de formação de ozono troposférico (3,1%). Isto devido ao incremento de emissões de gases.

"O acréscimo destas emissões foi o resultado da necessidade de colmatar a redução da produção de energia renovável verificada em 2015, tendo aumentado a produção de electricidade a partir de combustíveis fósseis, nomeadamente do carvão que, devido ao seu preço mais reduzido, continua a ser preferencial ao gás natural", explica o INE.

"Esta redução da produção de energia renovável é explicada pelo facto de 2015 ter sido extremamente seco (o sexto ano mais sexo desde 1931 e quarto mais seco desde 2000)", acrescenta o destaque divulgado esta quarta-feira, 18 Outubro. Já 2014 foi um ano particularmente chuvoso.

Dióxido de Carbono, óxido nitroso e metano são os três gases que mais contribuem para o aquecimento global.

Portugal tem o quarto mais baixo potencial de aquecimento

O destaque revelado esta quarta-feira pelo INE também revela que Portugal apresentou em 2014 - último ano para o qual há dados disponíveis – o quarto mais baixo potencial de aquecimento global por pessoa da União Europeia.

A lista é liderada pelo Luxemburgo, pela Estónia e pela Dinamarca. Croácia, Roménia e Hungria são os países que apresentam os valores mais baixos do que Portugal.

Notícia actualizada com mais informação às 12:26



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