Notícia
Portugal quer criar Zona de Controlo de Emissões na Costa Atlântica
Na COP, o secretário de Estado do Mar, José Maria Costa, destacou outras medidas do "Green Shipping Challenge", como a aposta na eletrificação de navios de rotas curtas.
15 de Novembro de 2022 às 18:04
Portugal aderiu à iniciativa "Green Shipping Challenge", lançada na conferência do clima que decorre no Egito (COP27) e que se destina a diminuir as emissões de gases com efeito de estufa no setor naval.
A informação foi divulgada pela Direção-Geral de Recursos Naturais, Segurança e Serviços Marinhos (DGRM), cujo diretor-geral, José Carlos Simão, integra a comitiva da Secretaria de Estado do Mar na COP27.
"Portugal está comprometido com a descarbonização do transporte marítimo, tendo, nesta sequência, decidido aderir à iniciativa internacional ´Green Shipping Challenge´", informou a DGRM em comunicado.
Num evento sobre a "Green Shipping Challenge" o secretário de Estado do Mar, José Maria Costa, destacou medidas de descarbonização do setor, como a constituição de uma área marítima de controlo de emissões no Atlântico ou a aposta na eletrificação de navios de rotas curtas.
Projetos de produção e de utilização de hidrogénio como fonte de energia para a propulsão dos navios foram também referidos pelo responsável, segundo a DGRM.
O secretário de Estado do Mar sublinhou que no seguimento do lançamento da inciativa Green Shipping Challenge para a descarbonização do transporte marítimo, durante a COP2, Portugal assumiu os seguintes compromissos:
O "Green Shipping Challenge" tem como objetivo encorajar países, portos, companhias e outras entidades relacionadas com a cadeia de valor do transporte marítimo a apresentarem medidas concretas para limitar o aumento da temperatura global em 1,5ºC.
Limitar o aumento da temperatura global, devido às alterações climáticas, a 1,5ºC em relação à época pré-industrial foi uma meta decidida no Acordo de Paris sobre o clima, em 2015.
O "Green Shipping Challenge" (Desafio da Navegação Verde) foi anunciado pela primeira vez em maio passado e juntou o primeiro-ministro norueguês, Jonas Gahr Støre e o enviado especial do Presidente dos Estados Unidos para o clima, John Kerry.
A iniciativa foi formalmente anunciada na semana passada em Sharm el-Sheikh, no Egito, onde desde dia 6 decorre a conferência das Nações Unidas sobre o clima, prevista para acabar na próxima sexta-feira.
Num comunicado divulgado no dia do lançamento, o departamento de Estado dos Estados Unidos salientava que as emissões de gases com efeito de estufa do setor naval "são significativas" e estão a aumentar, "numa trajetória que não é compatível com os objetivos do Acordo de Paris".
O Desafio é apoiado pelo Painel de Alto Nível para uma Economia Sustentável do Oceano, e encorajou governos, portos e empresas a preparar compromissos para estimular uma transição para uma navegação verde, segundo o comunicado, no qual se afirma que já foram feitos mais de 40 anúncios, sobre questões como inovações para navios, expansão em combustíveis com baixas ou nulas emissões, e políticas para ajudar a promover a adoção de navios da próxima geração.
A informação foi divulgada pela Direção-Geral de Recursos Naturais, Segurança e Serviços Marinhos (DGRM), cujo diretor-geral, José Carlos Simão, integra a comitiva da Secretaria de Estado do Mar na COP27.
Num evento sobre a "Green Shipping Challenge" o secretário de Estado do Mar, José Maria Costa, destacou medidas de descarbonização do setor, como a constituição de uma área marítima de controlo de emissões no Atlântico ou a aposta na eletrificação de navios de rotas curtas.
Projetos de produção e de utilização de hidrogénio como fonte de energia para a propulsão dos navios foram também referidos pelo responsável, segundo a DGRM.
O secretário de Estado do Mar sublinhou que no seguimento do lançamento da inciativa Green Shipping Challenge para a descarbonização do transporte marítimo, durante a COP2, Portugal assumiu os seguintes compromissos:
- Criação de uma Zona de Controlo de Emissões na Costa Atlântica
- Promoção da utilização de biocombustíveis nos rebocadores dos portos de Aveiro e Leixões
- Produção de uma embarcação a hidrogénio para navegar no rio Douro
- Produção de um ferry elétrico para transporte público na ria de Aveiro
- Produção de 10 ferrys elétricos para transporte público no Rio Tejo
O "Green Shipping Challenge" tem como objetivo encorajar países, portos, companhias e outras entidades relacionadas com a cadeia de valor do transporte marítimo a apresentarem medidas concretas para limitar o aumento da temperatura global em 1,5ºC.
Limitar o aumento da temperatura global, devido às alterações climáticas, a 1,5ºC em relação à época pré-industrial foi uma meta decidida no Acordo de Paris sobre o clima, em 2015.
O "Green Shipping Challenge" (Desafio da Navegação Verde) foi anunciado pela primeira vez em maio passado e juntou o primeiro-ministro norueguês, Jonas Gahr Støre e o enviado especial do Presidente dos Estados Unidos para o clima, John Kerry.
A iniciativa foi formalmente anunciada na semana passada em Sharm el-Sheikh, no Egito, onde desde dia 6 decorre a conferência das Nações Unidas sobre o clima, prevista para acabar na próxima sexta-feira.
Num comunicado divulgado no dia do lançamento, o departamento de Estado dos Estados Unidos salientava que as emissões de gases com efeito de estufa do setor naval "são significativas" e estão a aumentar, "numa trajetória que não é compatível com os objetivos do Acordo de Paris".
O Desafio é apoiado pelo Painel de Alto Nível para uma Economia Sustentável do Oceano, e encorajou governos, portos e empresas a preparar compromissos para estimular uma transição para uma navegação verde, segundo o comunicado, no qual se afirma que já foram feitos mais de 40 anúncios, sobre questões como inovações para navios, expansão em combustíveis com baixas ou nulas emissões, e políticas para ajudar a promover a adoção de navios da próxima geração.