Presente em Paris para participar na Conferência do Clima, o primeiro-ministro português, António Costa, defendeu esta segunda-feira, 30 de Novembro, que parte importante do combate às alterações climáticas passa necessariamente pelos presidentes de câmara mundiais.

Depois de se referir a esta conferência como "fundamental para o mundo", António Costa afirmou que "está nas mãos dos nossos presidentes de câmara salvar o mundo".

No entender do recém-empossado chefe do Executivo governamental português, "o controlo das alterações climáticas perde-se, ou ganha-se, nas cidades".

No entender de António Costa, "a reabilitação urbana e os transportes urbanos" são elementos-chave na luta contra as alterações climáticas. Se a questão dos transportes imediatos é de percepção imediata, Costa fez questão de explicar que a reabilitação urbana, uma aposta do Governo por si liderado, é importante não apenas para dinamizar a economia e o emprego mas também para melhorar a eficiência energética.

Por outro lado, Costa sublinhou a importância de um Ministério do Ambiente autónomo e que assuma também "pastas como os transportes públicos", porque Portugal "quer estar na vanguarda" do combate ao aquecimento global.

Por fim, António Costa quis colocar um ponto final em torno da polémica relacionada com a inscrição, ou não inscrição, do primeiro-ministro português para uma intervenção nesta conferência que decorre em Paris. "Não vou alimentar esse fait divers", disse Costa que acrescentou não ter "a menor das dúvidas de que Moreira da Silva [ex-ministro do Ambiente] fez um excelente trabalho para preparar" a presenta portuguesa na Conferência do Clima.