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Acordo internacional prevê redução em 50% das emissões poluentes no transporte marítimo
Um acordo entre vários países foi alcançado para reduzir a emissão de dióxido de carbono no transporte marítimo em pelo menos 50% até 2050, anunciou hoje em Londres a Organização Marítima Internacional (OMI).
É a primeira vez que o sector estabelece metas para o combate às alterações climáticas.
O transporte marítimo não foi abrangido no Acordo de Paris assinado em Dezembro de 2015 durante a Conferência das Nações Unidas sobre as Alterações Climáticas.
A meta de redução de 50% das emissões foi fixada em relação aos níveis de 2008, segundo um comunicado da OMI, que não mencionou que países-membros rejeitaram o acordo obtido após duas semanas de negociações. A Organização Marítima Internacional tem 173 estados-membros.
Os Estados Unidos e a Arábia Saudita tinham-se oposto às versões anteriores do acordo definitivo e o Japão defendia a diminuição das emissões em 50% apenas a partir de 2060.
A União Europeia e determinados países do Pacífico propunham uma meta mais ambiciosa, a da redução entre 70% e 100% das emissões de gases com efeito de estufa até 2050.
O secretário-geral da OMI, Kitack Lim, considerou que o acordo é a "base para ações futuras" e encorajou os estados-membros a "continuarem os esforços" na luta contra o aquecimento global, enquanto o ministro britânico dos Transportes, Nusrat Ghani, saudou o "momento decisivo", desejando "navios com zero emissões o mais rápido possível".
Qualificando o acordo como "histórico", a Presidente das Ilhas Marshall, Hilda Heine, alertou para a necessidade de o documento ser melhorado para dar ao país, ameaçado pela subida do nível do mar, "um caminho para a sobrevivência".