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2017 será um dos três anos mais quentes jamais registados

No balanço de 2017, feito no arranque da cimeira do clima em Bona, a organização meteorológica da ONU dá conta do papel das altas temperaturas, da seca e dos ventos do furacão Ophelia no agravamento dos incêndios que mataram mais de 100 pessoas em Portugal em Junho e Outubro.

06 de Novembro de 2017 às 11:30
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Com 2015 e 2016, o ano que termina dentro de menos de dois meses ficará muito provavelmente para a história como um dos três anos mais quentes de que há registo. A conclusão é da agência das Nações Unidas para as condições meteorológicas, que se baseia em dados coligidos desde o século XIX.

Em declarações no arranque da conferência sobre as alterações climáticas da Organização das Nações Unidas (ONU), que junta 200 países em Bona, na Alemanha, o secretário-geral da Organização Meteorológica Mundial (WMO na sigla em inglês), Petteri Taalas, disse que ainda assim 2017 terá uma temperatura ligeiramente menos alta do que a registada no ano passado.

"2017 estará entre os três anos mais quentes de que há registo. Isto faz parte de uma tendência de aquecimento de longo prazo," afirmou Taalas esta segunda-feira, 6 de Novembro, perante a conferência organizada pelas Nações Unidas.

Em Janeiro do ano passado, a WMO confirmou 2016 como tendo sido o ano mais quente de que há registos, com uma temperatura média do globo que ficou 1,1 graus Celsius acima da verificada na era pré-industrial. 

Este mesmo valor – 1,1 graus acima da temperatura na era pré-industrial - já foi verificado entre Janeiro e Setembro deste ano, de acordo com uma nota da organização à imprensa, divulgada também esta segunda-feira. Desta forma, 2015 e 2017 deverão disputar o segundo lugar entre os anos mais quentes.

A WMO relaciona a subida da temperatura média do globo com acontecimentos de elevado impacto registados este ano, tal como furacões e inundações com efeito catastrófico, ondas de calor e seca. "Estas conclusões sublinham os riscos crescentes para as pessoas, as economias e o próprias condições de vida ma Terra se não conseguirmos colocar em prática os desejos e ambições do Acordo de Paris," afirma Patricia Espinosa, secretária executiva da conferência do clima da ONU.

A mesma nota dá conta do efeito destes fenómenos especificamente em Portugal, nomeadamente contribuindo para a seca severa que afecta o país - tal como acontece em Itália e Espanha - e sustentando que os ventos associados ao furacão Ophelia em Outubro agravaram as consequências dos incêndios no Centro e Norte do país que causaram 45 mortos. Já o calor extremo e a seca propiciaram os fogos de Junho que mataram outras 64 pessoas no Centro do país.

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