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Presidente do Tribunal de Contas: “Provavelmente não será preciso” programa cautelar
Guilherme d’Oliveira Martins diz em entrevista à Renascença “que não há mal em haver programa cautelar”, mas que “provavelmente não será preciso”.
O presidente do Tribunal de Contas, Guilherme d’Oliveira Martins, acredita que Portugal pode seguir os passos da Irlanda e sair do programa de ajustamento sem um programa cautelar.
“É prematuro estarmos a dizer qual é a solução. Provavelmente não será preciso [programa cautelar]. Mas o que é facto é que não há mal em haver programa cautelar”, disse Guilherme d’Oliveira Martins na entrevista à Rádio Renascença.
O presidente do Tribunal de Contas adverte contudo que “uma saída “limpa” não quer dizer sem qualquer apoio, pois “a Irlanda beneficia, potencialmente, de todos os instrumentos que estão criados no âmbito da União Europeia”.
O Governo português tem mantido a porta aberta para uma saída limpa ou um programa cautelar, referindo que uma decisão sobre esta matéria só será tomada mais perto do fim do programa de assistência financeira (17 de Maio).
Destacando a importância de Portugal dar, por si próprio, “passos muito seguros”, Oliveira Martins alerta que “os portugueses quando vivem situações de euforia cometem erros”. Por isso avisa: “Cuidado com os ciclos eleitorais, é indispensável percebermos que o gasto com o dinheiro público tem que ser feito com enorme cuidado”.