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Passos Coelho "presume" que Portugal terá um cautelar "se precisar"

É demasiado cedo para definir a estratégia de saída. Só em Abril, diz o primeiro-ministro, que lembra que os parceiros europeus sempre afirmaram que dariam todo o apoio necessário.

Bruno Simão/Negócios
18 de Fevereiro de 2014 às 10:35
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"Presumo que se precisarmos de uma linha de crédito não há qualquer razão para não a ter", afirmou hoje Pedro Passos Coelho, reforçando que “desde o início do programa” os parceiros europeus têm garantido que concederão todo o apoio necessário aos países que cumpram os respectivos programas de ajustamento.

 

O primeiro-ministro, que falou esta manhã em Cascais numa conferência organizada pela revista "The Economist", respondia a uma questão sobre se Portugal poderia contar com o acesso a um programa cautelar após 17 de Maio, quando terminar o actual programa de ajustamento. Nos últimos dias surgiram em vários órgãos de comunicação social relatos de possíveis resistências, em especial dos países do Norte da Europa, em conceder mais um apoio ao País – especialmente a poucas semanas das eleições europeias de final de Maio.

 

Pedro Passos Coelho reafirmou que "o Governo ainda não tomou qualquer decisão sobre a

Presumo que se precisarmos de uma linha de crédito não há qualquer razão para não a ter.
 
Pedro Passos Coelho
Primeiro-ministro

solicitação ou não de um programa cautelar" e avançou que não espera qualquer decisão nas próximas semanas: “Em Abril avaliaremos com os nossos parceiros” a situação, afirmou. Os ministros das Finanças da Zona Euro reúnem-se informalmente em Atenas a 1 de Abril, no que poderá ser um encontro decisivo. Caso o País recorra a um programa cautelar uma decisão deveria ser tomada, no máximo, no Eurogrupo de 5 de Maio.

 

A estratégia do Tesouro português de acumular uma almofada financeira de que permita ao País ter as necessidades de financiamento pré-garantidas pelo menos até meados de 2015 foi apresentada por Pedro Passos Coelho como um elemento “muito positivo para qualquer tipo de negociação" com os parceiros europeus. O acumular de dinheiro, que custará qualquer coisa 50 a 60 milhões de euros por mês, tem sido visto como um instrumento que possa permitir ao País prescindir do apoio de uma linha de crédito cautelar.

 

O primeiro-ministro fez um balanço positivo do programa de ajustamento, salientando os bons sinais que têm chegado da economia nos últimos trimestres do emprego ao crescimento da economia e das exportações: "Houve, portanto, uma grande mudança nas nossas perspectivas que dá outro ânimo e outra esperança aos Portugueses”. Passos Coelho aproveitou ainda para sublinhar que “a mudança mais significativa do ponto de vista externo ocorreu na percepção da comunicação social estrangeira”, que passou a dar Portugal como "bom exemplo".

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