Dedicar uma semana a aprender a fazer cestaria, colheres de madeira ou taleigos estampados, com artífices locais e o tempo repartido entre a aprendizagem da técnica e a vivência do dia a dia da vila, ao mesmo ritmo dos restantes habitantes. Esta é a proposta do programa Imersões Artes & Ofícios, criado pela Spira, empresa de revitalização patrimonial, de Vila Nova da Baronia, e que tem este ano a primeira edição. Entre 1 e 7 de julho realiza-se mais uma oficina imersiva, desta vez com a orientação de Helena Garcia, fundadora do projeto Alpiota, com ateliê em Alcáçovas.
As oficinas imersivas são a última vertente de um trabalho sobre artes e ofícios desenvolvido ao longo dos últimos cinco anos e que inclui também o Artes e Ofícios Alentejo – projeto no âmbito do qual foi feito o mapeamento dos artesãos a trabalhar na região e está disponível online –, a Bienal de Artes e Ofícios e Novo Design, que decorre em Oeiras a cada dois anos, e os Dias Abertos, uma iniciativa que promove oficinas nos locais de trabalho de artesãos de todo o País. "São programas como as imersões mas mais curtos, com um fim de semana por região", explica Catarina Valença Gonçalves, fundadora da Spira.
"A grande missão da Spira é aproximar as pessoas do património cultural. Os tempos mudam e o património tem de se adaptar aos interesses renovados dos seus potenciais consumidores. Percebemos que havia a necessidade de adicionar a dimensão da participação física do visitante na experiência do património. E a melhor matéria para fazer isso são as artes e ofícios", explica a responsável.