Notícia
Petra: Um tesouro de pedra de cortar a respiração
Na Jordânia, existe uma cidade inteira gravada nas rochas. Poder-se-á dizer que se trata de uma verdadeira obra de arte com milhares de anos. Autênticos tesouros de uma civilização antiga, completamente imperdíveis. Falamos da inigualável Petra.
07 de Maio de 2017 às 09:00
Se lhe descrevessem a imagem de um caminho estreito, quase sombrio, que ondula entre uma falésia de rochas enormes, cujo limite é o céu, até desembocar num tesouro, rosado pela luz do Sol, pensaria, possivelmente, que lhe falavam da cena de um filme de piratas ou de um qualquer mundo encantado dos desenhos animados. Mas não, esta é a descrição que me ocorre quando penso em Petra. É neste cenário que somos recebidos e a sensação, no final deste primeiro percurso, é quase de falta de ar, diante de um magnífico edifício inscrito na rocha.
Agora pense nestas mesmas imagens, mas apague as luzes. É de noite, o caminho ondulante (o Siq) está envolto em breu, só quebrado por velas espalhadas pelo chão e pela luz da Lua. No fim do trilho de dois quilómetros, tudo à volta está escuro, só as velas permitem ver que estamos num largo cercado de pedras grandes. Sentamo-nos na areia e, de repente, o Tesouro ilumina-se, grandioso, mesmo à nossa frente. Mais uma cena de ficção? Não, é real e deslumbrante. Duas vezes por semana, é possível fazer a visita durante a noite.
Isto é Petra, ou melhor, uma parte da cidade arqueológica, localizada no Sul da Jordânia, nomeada, em 2007, uma das Novas Sete Maravilhas do Mundo e Património Mundial da UNESCO desde 1985. E se vale estas distinções!
Esculpida nas rochas, a cidade ancestral, fundada em 312 a.C. como capital dos árabes nabateus, é hoje a maior atracção turística do país.
Esculpida nas rochas, a cidade ancestral, fundada em 312 a.C. como capital dos árabes nabateus, é hoje a maior atracção turística do país. Além do já descrito Tesouro, é possível visitar muitas outras construções ao longo de um percurso de várias horas. Água e protector solar são indispensáveis, sobretudo nos meses mais quentes. Passeios de burro, cavalo ou camelo também estão disponíveis.
Uma caminhada de seis quilómetros, da entrada até ao Lugar do Sacrifício, no alto de monte, permite-nos passar pelo teatro, por vários túmulos, templos, igrejas, casas e ruas com colunas, e ficar com uma noção do que foi aquela civilização, que criou um evoluído sistema de canalização de água e construções sólidas que resistiram ao tempo. Do cimo da montanha, a vista sobre a cidade é soberba.
Noutra direcção, 10 quilómetros depois de entrarmos, localiza-se o mosteiro. Para alguns, os 822 degraus que o separam da rua principal poderão ser um obstáculo inultrapassável, mas posso garantir que o esforço é recompensado à chegada ao topo. Se o Tesouro é surpreendente, este mosteiro não fica atrás, talvez por ser ainda maior e imponente.
No final da visita, podemos estar fisicamente cansados, mas só pensamos na magnitude do que vimos e de quão imperdível é este local. De resto, percebemos nessa altura o porquê de a UNESCO o ter descrito como "uma das mais preciosas propriedades da herança cultural do homem".
Como ir
Não há voos directos para a região de Petra. A alternativa mais próxima é viajar para a capital da Jordânia, Amman, apenas com uma escala (Madrid, Londres, Istambul, etc…) e por um preço que pode rondar os 450 euros. Depois ainda há 200 km de estrada para percorrer.
Indicações úteis
O preço para visitar Petra aumentou, custando 50 dinares para um dia (68 euros), mas aumenta para 90 (118 euros) se a noite anterior não for passada no país. A Jordânia tem um visto de 60 dinares (79 euros), mas é devolvido se o turista passar pelo menos duas noites no país.
Onde ficar
A cidade mais próxima de Petra chama-se Wadi Musa; é pequena, mas tem muitos hotéis, restaurantes e serviços, além de bons serviços de transporte para vários destinos. Ainda assim, mesmo junto à entrada, aconselha-se o Mövenpick ou o Marriott (100 a 150 euros por noite).
Agora pense nestas mesmas imagens, mas apague as luzes. É de noite, o caminho ondulante (o Siq) está envolto em breu, só quebrado por velas espalhadas pelo chão e pela luz da Lua. No fim do trilho de dois quilómetros, tudo à volta está escuro, só as velas permitem ver que estamos num largo cercado de pedras grandes. Sentamo-nos na areia e, de repente, o Tesouro ilumina-se, grandioso, mesmo à nossa frente. Mais uma cena de ficção? Não, é real e deslumbrante. Duas vezes por semana, é possível fazer a visita durante a noite.
Esculpida nas rochas, a cidade ancestral, fundada em 312 a.C. como capital dos árabes nabateus, é hoje a maior atracção turística do país.
Esculpida nas rochas, a cidade ancestral, fundada em 312 a.C. como capital dos árabes nabateus, é hoje a maior atracção turística do país. Além do já descrito Tesouro, é possível visitar muitas outras construções ao longo de um percurso de várias horas. Água e protector solar são indispensáveis, sobretudo nos meses mais quentes. Passeios de burro, cavalo ou camelo também estão disponíveis.
Uma caminhada de seis quilómetros, da entrada até ao Lugar do Sacrifício, no alto de monte, permite-nos passar pelo teatro, por vários túmulos, templos, igrejas, casas e ruas com colunas, e ficar com uma noção do que foi aquela civilização, que criou um evoluído sistema de canalização de água e construções sólidas que resistiram ao tempo. Do cimo da montanha, a vista sobre a cidade é soberba.
Noutra direcção, 10 quilómetros depois de entrarmos, localiza-se o mosteiro. Para alguns, os 822 degraus que o separam da rua principal poderão ser um obstáculo inultrapassável, mas posso garantir que o esforço é recompensado à chegada ao topo. Se o Tesouro é surpreendente, este mosteiro não fica atrás, talvez por ser ainda maior e imponente.
No final da visita, podemos estar fisicamente cansados, mas só pensamos na magnitude do que vimos e de quão imperdível é este local. De resto, percebemos nessa altura o porquê de a UNESCO o ter descrito como "uma das mais preciosas propriedades da herança cultural do homem".
Como ir
Não há voos directos para a região de Petra. A alternativa mais próxima é viajar para a capital da Jordânia, Amman, apenas com uma escala (Madrid, Londres, Istambul, etc…) e por um preço que pode rondar os 450 euros. Depois ainda há 200 km de estrada para percorrer.
Indicações úteis
O preço para visitar Petra aumentou, custando 50 dinares para um dia (68 euros), mas aumenta para 90 (118 euros) se a noite anterior não for passada no país. A Jordânia tem um visto de 60 dinares (79 euros), mas é devolvido se o turista passar pelo menos duas noites no país.
Onde ficar
A cidade mais próxima de Petra chama-se Wadi Musa; é pequena, mas tem muitos hotéis, restaurantes e serviços, além de bons serviços de transporte para vários destinos. Ainda assim, mesmo junto à entrada, aconselha-se o Mövenpick ou o Marriott (100 a 150 euros por noite).
