Notícia
Os negócios do ano em Portugal
Foi o ano dos unicórnios e dos negócios imobiliários. Veja as 10 operações em Portugal, destacadas pelo Negócios.
Cimpor
Cimpor e o desmembramento anunciado, foi a escolha para o negócio do ano. A cimenteira, que iniciou a sua internacionalização em 1992, está agora nas mãos de um grupo turco. Leia o texto sobre a história da Cimpor.
Os unicórnios que falam português
Duas novas companhias de origem nacional juntaram-se à Farfetch como unicórnios a falar português. Em 2018, juntaram-se ao "clube" das empresas com avaliações superiores a mil milhões de dólares a Outsystems e a Talkdesk. Em Junho, a Outsystems levantou 360 milhões de dólares, numa ronda de investimento por parte da KKR e da Goldman Sachs, o que a valorizou em mais de mil milhões. A empresa liderada por Paulo Rosado (na foto) pretende acelerar a sua expansão e investir no desenvolvimento da automação de software. Uns meses depois, em Outubro, foi a vez da start-up que desenvolve soluções de software para "call centers" baseadas na "cloud", fundada por Tiago Paiva e Cristina Fonseca, conseguir o financiamento que a colocou nesse mesmo patamar.
Uma venda complicada à espera do desfecho
O Grupo Espírito Santo caiu e os 12.500 hectares da Herdade da Comporta ficaram sem dono. Depois de uma tentativa falhada, de uma proposta recusada e de um concurso, já há comprador para os principais activos daquela infra-estrutura localizada em Alcácer do Sal e Grândola. A Amorim Luxury, de Paula Amorim, e a Vanguard Properties, de Claude Berda, são os compradores, que aguardam a conclusão do negócio no arranque de 2019.
Vale do Lobo deixa CGD e segue para capital de risco
Vale do Lobo, empreendimento de luxo que se viu envolvido na Operação Marquês, já não é uma responsabilidade da Caixa Geral de Depósitos, que chegou a ser sua accionista e credora. O banco vendeu os créditos à sociedade de capital de risco ECS, que tem na sua estrutura o ex-líder do banco público, António de Sousa. Ficaram perdas de milhões no passado. Mas, graças a uma provisão adicional, a CGD ainda pode beneficiar com vendas de imóveis.
Ex-governantes ficam com torres da Altice
Sérgio Monteiro, ex-secretário de Estado com a tutela das telecomunicações, e António Pires de Lima, ex-ministro da Economia que no Governo de Passos Coelho teve a mesma pasta, foram os compradores, com a Morgan Stanley, das torres das antenas móveis da Altice Portugal. Deram 660 milhões de euros por 3.000 torres. Ficaram com 75%, os restantes 25% mantiveram-se na Altice. Sérgio Monteiro e Pires de Lima estavam no Governo quando a Altice comprou a PT.
Mais um ano de recordes no imobiliário
Depois de 2017 ter já sido um ano de recorde, 2018 voltou a elevar a fasquia, com optimismo ainda para 2019. O recorde nas vendas de imobiliário comercial regista-se não apenas em Lisboa, mas já se estendeu a outras cidades, como o Porto. O investimento total pode bem ficar perto dos três mil milhões de euros para o conjunto do ano.
É um mercado dominado por investidores estrangeiros (98%) e por sectores de retalho e de escritórios (88%). Houve muitos negócios, em particular no segmento dos centros comerciais, com vendas como a do Forum Almada (na foto), o Dolce Vita Tejo, Sintra Retail Park, Forum Sintra e Forum Montijo, Maia Shopping, entre outros. Nesta febre do imobiliário, a Sonae investiu 255 milhões de euros para comprar à Grosvenor 20% da Sonae Sierra, ficando com 70%.
Outros negócios na área do imobiliário marcaram 2018. Um deles, mais perto do final do ano, foi o da venda da empresa das Torres de Lisboa, onde está situada a Galp, ou do Lagoas Park.
É um mercado dominado por investidores estrangeiros (98%) e por sectores de retalho e de escritórios (88%). Houve muitos negócios, em particular no segmento dos centros comerciais, com vendas como a do Forum Almada (na foto), o Dolce Vita Tejo, Sintra Retail Park, Forum Sintra e Forum Montijo, Maia Shopping, entre outros. Nesta febre do imobiliário, a Sonae investiu 255 milhões de euros para comprar à Grosvenor 20% da Sonae Sierra, ficando com 70%.
Outros negócios na área do imobiliário marcaram 2018. Um deles, mais perto do final do ano, foi o da venda da empresa das Torres de Lisboa, onde está situada a Galp, ou do Lagoas Park.
Novo Banco diminui de tamanho
O Novo Banco chegou a acordo para alienar activos que, desde 2014, estavam na lista de venda. A GNB Vida vai para o grupo Bankers Insurance e o BES Vénétie para o fundo americano Cerberus. Também vendeu carteiras de imóveis e fez a maior alienação de crédito malparado do país.
Banco do Banif passa para chineses
Demorou, mas foi. Os chineses do Bison Group conseguiram, depois de responder às preocupações do Banco Central Europeu, adquirir o Banif - Banco de Investimento à Oitante. Houve mais despojos do Banif a serem alienados, como o espanhol Banca Pueyo.
O regresso do BCP às Compras
Depois de anos em que esteve impedido de fazer aquisições, o BCP voltou às compras. O polaco Millennium Bank, de que tem 51%, acordou a compra do Eurobank ao Société Générale por 428 milhões de euros. O banco prepara agora o possível regresso aos dividendos.
BPI vende Super Bock
O BPI, nas mãos do CaixaBank e liderado por Pablo Forero, continua o caminho que o está a concentrar na actividade bancária tradicional em Portugal. Tem vindo a alienar participações: a mais mediática foi a venda da posição na Viacer, dona da SuperBock, por 233 milhões.