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Inês Thomas Almeida: “Como diz Virginia Woolf, anónimo é, muitas vezes, uma mulher”

“Perguntam-me muitas vezes: porque é que não conhecemos mais mulheres compositoras? Mesmo aquelas que faziam parte de determinados circuitos, e não usavam pseudónimos, estão apagadas e silenciadas. Porquê? A grande causa do desconhecimento e da invisibilidade do trabalho das mulheres é, para mim, a assunção da sua incapacidade intelectual. Não associamos as mulheres à produção intelectual”, aponta a musicóloga Inês Thomas Almeida, que tem vindo a resgatar compositoras esquecidas pela História.
Lúcia Crespo e Pedro Catarino - Fotografia 31 de Outubro de 2024 às 11:00

A musicóloga Inês Thomas Almeida costuma dizer que tem um "gene feminista". É trineta de Elisa de Paiva Curado, uma ativista de pelo na venta que em 1883 fundou uma das primeiras publicações feministas portuguesas: "A Mulher - Revista Ilustrada das Famílias". Quando era pequena, divertia-se com aqueles escritos curiosos e desenhos pitorescos guardados em casa. Nas suas investigações, começou a interessar-se cada vez mais pela questão da luta das mulheres e hoje resgata compositoras esquecidas, sobretudo no século XVIII. É responsável pelo curso "Mulheres Compositoras: História da Composição no Feminino desde a Idade Média até ao Século XX" na NOVA FCSH. Doutorada em Ciências Musicais Históricas pela mesma Universidade, onde é investigadora contratada, vai dar aulas na Universidade de Massachusetts no próximo semestre.

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