A tarde está quase no fim, mas o alcatrão e o ar ainda reverberam com o calor surdo de um dos dias mais quentes do ano. À nossa frente, a silhueta da serra de Sintra serve de cenário, mas os olhares estão presos ao monolugar que saiu das boxes há minutos para mais um teste. A "pista", definida no espaço do "paddock" do Autódromo do Estoril por pinos, inclui retas, curvas e uma zona de "slalom". O piloto já colocou o volante, baixou a viseira do capacete. Ligam-se um, dois manípulos, e o zumbido elétrico indica que o motor está pronto. E lá vai o carro, primeiro devagar, depois mais rápido. À volta da tenda ali montada, há algum nervosismo. Mas estes minutos, como confessa um elemento da equipa, fazem parte dos "10% de gozo; o resto é muito trabalho".