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Clotilde Rosa: Tenho a música dentro de mim, não me livro dela

Um gato gordo, um piano, caixas com música dentro, muitos livros, Simone de Beauvoir ajudou-a. Clotilde Rosa estende as mãos: "olhe, se quiser ser minha amiga, tenho muito gosto. Se eu pudesse, metia cá toda a gente. Na minha casa em Oeiras, eu tinha sempre gente, amigos do Porto, de Espanha, ficavam lá em sacos de cama". Lá em casa, onde se fizeram reuniões secretas. Ela não assistia. Ela andava por entre orquestras, concertos e ensaios. Harpista e compositora, Clotilde Rosa, 84 anos, é a senhora da música contemporânea em Portugal. Fundou, com Jorge Peixinho, e outros músicos experimentalistas, o Grupo de Música Contemporânea de Lisboa (GMCL), agrupamento que dirigiu após a morte do mítico compositor de vanguarda. Assume-se como compositora em 1976, com a obra "Encontro". Continua a compor, tem a música dentro dela.

Bruno simão
13 de Março de 2015 às 11:59
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O meu pai [o tenor José Rosa] era cantor de ópera e violinista, a minha mãe [Branca Belo de Carvalho Rosa] era pianista e harpista. Ela acompanhava-o sempre nas árias de ópera. Ele estreou-se no Coliseu com a "Manon Lescaut", do Puccini, tinha eu quinze dias. E lá fui, muito bebé, a minha mãe tinha que me cuidar... Uma vez, fomos vê-lo cantar a "Tosca", também do Puccini.

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