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“Chamavam-me o capitão de bando, eu era patrão”

Ildefonso Martins, 98 anos e antigo contrabandista, tem porte de herói. Foi “responsável pela quadrilha”, músico, acordeonista, namoradeiro. Apresenta-se como “contrabandista diplomado”. Foram 50 anos a atravessar o Guadiana – nadando, caminhando, namorando. Pelo meio da vida, foi trabalhador ferroviário na Gare d’Austerlitz, em Paris. Fala no gerúndio e, no seu discurso, o passado e o presente cruzam-se. Ele ainda é “patrão”. Basta ouvi-lo. Ildefonso Martins é um dos casos da reportagem “Os homens do contrabando”, publicada no Negócios.

Ildefonso Martins, 98 anos, antigo contrabandista Miguel Baltazar
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Eu sou um contrabandista diplomado. Diplomado. Fui contrabandista durante mais de 50 anos e voltaria a fazer a mesma coisa.

No inverno, a gente semeava trigo e lavrava um pouco, mas aquilo não me cheirava bem, não lucrava nada.

Comecei a trabalhar com 14, 15 anos no Guadiana, nadando, durante a Guerra Civil Espanhola. Levava armas aos campos de batalha. Se sabia nadar bem? Oh! Era um bom banhador. Quantas vezes atravessei eu o rio? Oh, mais de mil vezes. Eu

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