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Alta relojoaria: Viagem no tempo

Em Londres, num edifício futurista, a Montblanc apresentou o seu relógio para quem preza a herança relojoeira e vive o tempo presente. Chama-se Summit.

25 de Março de 2017 às 09:00
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O tempo, antes passivo, domina as nossas vidas de uma forma que os primeiros artesãos relojoeiros julgariam talvez impossível. Acreditamos que o tempo foge de nós na era digital. A tecnologia está a tornar tudo mais rápido. Mas há, em tudo isto, algo estranho: o pêndulo continua a mover-se ao mesmo ritmo de sempre. Então, como é que o passado e o presente se podem juntar num relógio?

Talvez a resposta seja mais simples do que parece, como nos disse Zaim Kamal, director criativo da Montblanc: "Com quem falamos? E com quem precisamos de falar? Olhámos para estes jovens profissionais que vivem e trabalham neste novo mundo e tentámos perceber como vêem e como se movem. Quando se desce na idade das pessoas, percebe-se que a importância da conectividade é muito grande. E na 'maison' pensámos: não têm de dizer que são analógicos ou digitais. Mas vamos dar-vos os meios e vocês, os consumidores, podem decidir. Começámos em 2013 com os blocos de notas digitais e depois com a 'e-trap' que ligava digitalmente aos relógios mecânicos. Ficou claro que queríamos um smartwatch para os nossos clientes. Queríamos criar uma conexão entre a nossa fina criação de relógios e o que chamamos 'fine smartwatch making' O estilo era o nosso clássico mas com a tecnologia. Este é o futuro. De um lado, temos a familiaridade de um relógio mecânico. Nós usamos um relógio oito horas por dia e, se pensarmos no tempo em que conectamos com ele, pode ser de duas ou três horas. Mas durante as outras seis horas sentes o relógio e por isso queremos transmitir-lhes a beleza de usar um relógio mecânico. A ideia é criar gestos familiares, habituais, através da conjugação dos dois universos".

Em Londres, a tecnologia uniu-se ao luxo para a apresentação da nova colecção Montblanc Summit. Foi uma noite em que o 43.º andar do futurista Leadenhall Building serviu para esta viagem à era digital e também como capítulo final da liderança de Jérôme Lambert na Montblanc para abraçar um cargo de maior responsabilidade no grupo Richemont. Foi uma despedida em grande. Era um momento importante e único: a marca revelava o seu primeiro smartwatch produzido em cooperação com o Google, introduzindo os códigos da alta relojoaria no mundo dos relógios conectáveis e marcando desta forma uma nova era nos 'wearables' de luxo para homem. É um parceiro conectável para uma nova geração que usa as novas tecnologias mas que também gosta da sensação de um relógio tradicional no pulso, criando uma ponte para o mundo da alta relojoaria.
O Summit tem um design clássico e vintage, criando uma interpretação digital da alta relojoaria.
O Summit tem um design clássico e vintage, criando uma interpretação digital da alta relojoaria.
Não é um acaso esta aposta. Desde a sua fundação, em 1906, o espirito pioneiro da Montblanc levou a "maison" a explorar novos territórios. Em 2017, a marca continua assim a inovar com o lançamento do seu primeiro smartwatch, o Montblanc Summit, aliando a alta relojoaria com o Android Wear 2.0, o ultimo sistema operativo Google para Smartwatches, e o processador Qualcomm Snapdragon wear 2100.

O Summit tem um design clássico e vintage criando, desta forma, a interpretação digital da alta relojoaria. Providenciando o equilíbrio perfeito entre códigos de design tradicionais, materiais premium e tecnologia de ponta. Com o objectivo de dar a sensação de ter no pulso um relógio tradicional, o mostrador do Montblanc Summit é coberto por um vidro de safira ligeiramente curvo, que o torna pioneiro no mercado dos smartwatches. A premiada colecção de 1858 serviu como a principal inspiração para o design da caixa do relógio de 46mm, bem como para as faces do relógio, que são uma representação digital da colecção 1858.


A ideia, com o Summit, é criar gestos familiares, como nos diz o director criativo da Montblanc, Zaim Kamal. 


O Montblanc Summit apresenta um ecrã de toque "touch screen" completo. O relógio possui um microfone para comandos de voz e vários sensores: um monitor de frequência cardíaca e sensores para medir etapas e actividades; um giroscópio e uma bússola para medir a orientação do seu relógio; Um barómetro que pode indicar a altitude e um sensor de luz ambiente que adapta automaticamente o brilho do ecrã de acordo com as condições de iluminação. O relógio pode ser carregado via micro USB e é conectável via Wi-Fi e Bluetooth e possuindo armazenamento Flash de 4GB que pode ser usado para sincronizar e reproduzir música sem a necessidade de um smartphone.

A arte de viajar foi também redefinida com o Montblanc Summit graças a uma série de funções mãos-livres. Os códigos de barras das passagens de embarque do avião podem ser digitalizados directamente no ecrã; explorar uma nova cidade não poderia ser mais simples com mãos-livres e navegação "turn-by-turn"; uma colaboração com a Uber oferece acesso rápido a carros; e um pré-carregado Foursquare City Guide permite uma função de pesquisa para descobrir os melhores restaurantes e experiências em qualquer cidade.
O Montblanc Summit é um relógio que aposta na familiaridade neste tempo de velocidade.
O Montblanc Summit é um relógio que aposta na familiaridade neste tempo de velocidade.
A caixa de 46mm do Montblanc Summit inclui uma escolha de quatro materiais e estilos diferentes - PVD preto revestido de aço inoxidável, uma caixa de aço inoxidável bicolor com um preto PVD e bisel de aço inoxidável, caixa de aço inoxidável com acabamento satinado e uma caixa de titânio também com acabamento satinado. Para aqueles que preferem um visual mais desportivo, há também uma face do relógio TimeWalker Urban Speed com data automática ou cronógrafo. Replicado do relógio mecânico com o mesmo nome, este mostrador moderno vem com uma série de opções de cores que podem ser configuradas directamente pelo utilizador no relógio, oferecendo a cada proprietário a possibilidade de definir o seu próprio estilo. Há uma escolha de oito braceletes diferentes, oferecendo uma extensa escolha de estilos para todos os gostos e ocasiões. Mas tendo como base a "familiaridade" de que fala Zaim Kamal. Num mundo tecnológico, ele preserva o valor dos gestos familiares e das memórias: "Porque é que é importante escrever com tinta? Porque queremos deixar uma marca. Isto não vai mudar. Foi algo que nasceu aí há uns 2000 anos. Digitalmente, qualquer toque desaparece num minuto. Portanto, é importante conectar os dois mundos."

Por isso, quando fala do tempo em que vivemos, Kamal sintetiza o espírito que preside à criação do Summit: "Tenho a sorte de viajar muito e de conhecer pessoas. Arquivo imagens. Os artistas tiveram a hipóteses de memorizar coisas. Relembrar é editar outra vez. A inspiração está sempre lá. Temos é de recordá-las". O que é o tempo para si: "Não chega. Não penso em termos de tempo, mas de experiências. E não paro de me mudar. É o conhecimento que adquiri. Ver uma criança a crescer é o único momento em que podemos definir o tempo".



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