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Akko: Três mil anos por entre ruelas misteriosas

Diz-se que Marco Polo passou por ali há oito séculos; de então para cá, não terá mudado muito esta pequena cidade pitoresca na costa Norte de Israel, abraçada pelo Mediterrâneo. Respira-se história a cada esquina e tudo para apreciar com tranquilidade

18 de Junho de 2017 às 10:00
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Não se chega a Akko por acaso. Escondida numa península junto ao Mediterrâneo, esta pequena cidade do Norte de Israel, a 25 quilómetros da segunda principal cidade do país, Haifa, está à nossa espera com a tranquilidade com que recebeu Marco Polo há quase 800 anos. As suas ruelas são apertadas, os edifícios pouco terão mudado nos últimos séculos. E de tal maneira o seu charme capta a nossa atenção que a UNESCO não perdeu tempo e logo em 2001 a declarou Património Mundial.

Não tem muitos turistas, o que até é uma boa notícia, atendendo à sua dimensão. Mas vale a pena perder ali muito tempo, num qualquer passeio, a imaginar como seria a vida no apogeu do comércio marítimo. Hoje, há apenas alguns barcos de recreio e pescadores, que dão vida e colorido ao porto antigo, protegido das ondas e do vento. Também não se percebe bem se estamos em Israel ou numa qualquer povoação árabe junto ao mar, tal a mistura de línguas que se ouve falar e os estilos arquitectónicos dos edifícios religiosos. Há minaretes, torres de igreja, uma enorme muralha bem conservada. Com peixe fresco numa esplanada e toda aquela tranquilidade, bem se percebe porque muitos visitam Akko ao fim-de-semana, mesmo percorrendo mais de 120 quilómetros desde Telavive.


Passando uma das portas de entrada, deixamos de ver automóveis, e entramos num novo mundo: três mil anos de História.


As ruelas são pequenas e estreitas, os prédios de habitação escuros e antigos, enquanto os habitantes parecem de tal maneira habituados ao silêncio que quase preferem não falar para não perturbar quem passa. No centro, há um posto de turismo que recomenda um percurso para conhecer o que de melhor esta pequena cidade tem para oferecer. A cidade velha está de tal maneira preservada que, quando saímos da estação central de autocarros ou da estação de comboios da moderna Akko, não conseguimos imaginar o que vamos encontrar dali a minutos.

Passando uma das portas de entrada, deixamos de ver automóveis, proibidos na zona antiga, e entramos num novo mundo: três mil anos de História e alguns dos edifícios vêm do tempo das Cruzadas, cujas fortificações, encontradas debaixo da cidadela, foram aproveitadas para construir tudo o resto. Existem também igrejas cristãs desse tempo e até um túnel dos templários, que servia de ligação entre as fortificações. As invasões turcas mudaram todo o panorama, mas felizmente os edifícios não foram destruídos, limitando-se a aproveitar e a melhorar o que já existia. Israel preferiu não mudar nada, optando por preservar (e bem) este património tão rico.

As ruelas são pequenas e estreitas, os prédios de habitação escuros e antigos, enquanto os habitantes parecem de tal maneira habituados ao silêncio que quase preferem não falar para não perturbar quem passa.



Como chegar

Akko fica a meia hora de comboio ou de autocarro de Telavive, com ligação directa ao aeroporto Bem Gurion se a opção for o transporte ferroviário. De qualquer das estações até à cidade antiga, o percurso é de apenas dez minutos a pé, sem muito que enganar.

Onde ficar

Há uma dezena de alojamentos na zona histórica da cidade, com preços que variam entre os 70 euros, num hostel, e os 370 euros do Efendi Hotel. Apesar de não ser muito concorrido, o melhor é marcar quarto antes de chegar, já que há o risco de estar cheio no Verão.

Indicações úteis

Visitando Akko, há que não perder igualmente Tel Akko, que são as ruínas arqueológicas da cidade, com achados da Idade do Bronze e do Período Helenístico; fica apenas a 15 minutos da cidade antiga. Há quem aproveite também para ir à praia, já que são muitas opções na região.


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