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A quem pertencem os temas que sabemos de cor?

Há frases que, de tão famosas, entraram para o léxico comum e há canções reconhecíveis ao primeiro acorde. A música está mesmo por toda a parte: nas plataformas de “streaming”, em CD e discos de vinil, concertos, cafés, bares e discotecas e “lobbies” de hotel. Está também na publicidade, em filmes e peças de teatro. Mas afinal a quem pertencem os temas que sabemos de cor e como são cobrados os rendimentos que geram?
Susana Torrão 14 de Maio de 2022 às 11:00

Nos últimos anos, vários cantores venderam os direitos das suas obras às multinacionais da indústria. Bruce Springsteen, que passou todo o catálogo musical à Sony Music por 500 milhões de dólares (473 milhões de euros), fez o que é, até à data, o negócio mais avultado do setor. Antes dele já Bob Dylan tinha recebido mais de 300 milhões de dólares (283 milhões de euros) quando, em 2020, vendeu os direitos dos seus títulos à Universal Music. O mesmo fez Neil Diamond já em 2022, mas os valores não foram revelados.

 

O fenómeno não é novo, mas tem crescido nos últimos anos. Foram muitos os artistas da velha guarda – Paul Simon, Tina Turner, Neil Young ou David Bowie são apenas alguns – a apostar num negócio que também tem feito nascer (e florescer) empresas de capital privado, cativadas pelo que é tido como um investimento estável. Do lado dos artistas, a explosão do "streaming" e dos meios digitais justifica a venda dos seus catálogos.

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