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O “artivismo” está a mexer nas comunidades

O papel da arte vai além da performance ou da fruição estética. O “artivismo” – a conjugação da arte com o ativismo social – é uma realidade cada vez mais presente, com uma atuação que vai da inclusão de imigrantes, ao trabalho junto a comunidades fragilizadas, de que são exemplo projetos como o Dance Beyond Borders ou a iniciativa Sete Anos/Sete Escolas.
Susana Torrão e Pedro Catarino - Fotografia 19 de Julho de 2024 às 14:45

Na sala de ensaios da Companhia de Dança de Almada (Ca.DA), o círculo de mulheres ligadas por uma banda elástica começa a mover-se. Há quem se movimente e quem seja influenciado pelo movimento alheio, geram-se jogos de forças e surgem figuras geométricas numa coreografia espontânea. No grupo, há quem seja originário do Chile, Turquia, Rússia, Malta e Portugal, mas isso não é percetível de fora. É a primeira manhã do "workshop" de três dias destinado a imigrantes, conduzido pelas coreógrafas Julienne Schembri e Deborah Falzon, com a colonização como tema central. À tarde, o trabalho será mais teórico, e nos dois dias seguintes o grupo irá crescer, bem como o número de nacionalidades. 

 

Antes da pausa para almoço, o grupo partilha os resultados da experiência: "A imagem que nos surgiu foi a de uma teia de aranha, com a construção permanente de algo que não sabemos o que é"; "Debatemo-nos com a decisão de permanecer imóveis ou de nos movermos, sendo que temos de ser responsáveis pelo grupo"; "Havia a escolha entre influenciar e ser influenciado… Na vida, também temos essa escolha, e com isso influenciamos a comunidade", conclui Julienne. 

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