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007/Spectre: Ordem para viver

Antes de 007 os heróis ocidentais tinham licença para matar. Mas nenhum o conseguia fazer de forma tão elegante como James Bond, entre um encontro com mulheres fatais e um Martini letal.

Reuters
05 de Novembro de 2015 às 13:05
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Produto da Guerra Fria, Bond teve de se adaptar aos tempos mais tépidos do mundo global. E isso é evidente neste sólido filme de aventuras que é "Spectre". O exotismo mantém-se, pela mão segura do realizador Sam Mendes, tal como o olhar frio e certeiro de Daniel Craig.

 

As regras são previsíveis: há um vilão (o "irmão perdido" de Bond, Franz Oberhauser) e uma dama fascinante, a doutora Madeleine Swann (Léa Seydoux, um dos bons talentos do cinema francês). "M" está presente (até através da desaparecida Judi Dench, que numa mensagem póstuma, lhe pede para acertar contas com um assassino), tal como o novo "C", um mandarim político que deseja controlar a segurança mundial através da vigilância digital e total, algo que o torna um peão do vilão de "Spectre".

 

"C" representa a nova geração de burocratas para quem a "democracia" é uma chatice. Afinal são fundos privados de Oberhauser que permitem ao poder público montar a sua parafernália de vigilância que lembra o mundo de George Orwell. O tema é actual e "Spectre" sabe usar isso a seu favor.

 

Tudo começa na Cidade do México, nas festividades do Dia dos Mortos (uma metáfora para o que vemos a seguir, como se explica logo no início do filme: "os mortos estão vivos"), passa pelo Sahara e termina em Londres.

 

Há aqui tudo: espectacularidade, excitamento, actualidade política, sedução, sangue-frio, distinção e requinte. É, no fundo, um 007 "vintage": Bond é para sempre. Como recordava Shirley Bassey quando cantava "Diamonds are Forever".

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