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Nokia desliza nos resultados, no 5G e em bolsa: cai 11% para mínimo de seis meses

A finlandesa Nokia assume a dificuldade em afirmar-se na corrida ao 5G dada a "intensidade da concorrência", embora encare este desafio como uma oportunidade. Os resultados negativos surpreenderam os analistas.

Reuters
25 de Abril de 2019 às 10:35
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A Nokia anunciou uma quebra inesperada dos resultados no primeiro trimestre do ano, deixando-se ficar para trás nas vendas da tecnologia 5G. No rescaldo do anúncio, os títulos da empresa finlandesa já afundaram 11%.

A Nokia registou um resultado operacional negativo de 59 milhões de euros, em contraste com os lucros de 239 milhões do ano anterior e com a estimativa de 282,7 milhões de euros para a qual apontavam os analistas consultados pela Bloomberg. A empresa disse não ter conseguido, por questões burocráticas, incluir no balanço 200 milhões de euros de vendas relacionadas com a tecnologia 5G na América do Norte, um valor que espera vir a registar durante o resto do ano.

A finlandesa justificou as perdas com a "intensidade da concorrência", sobretudo no segmento do 5G. A rival Ericsson conseguiu distinguir-se com uma melhoria dos resultados do primeiro trimestre, numa altura em que ambas as empresas europeias tentam capitalizar as perdas da gigante Huawei na corrida ao 5G. A empresa chinesa tem sido afetada por acusações de intenção de espionagem através dos equipamentos que pretende vender no ocidente.  

"O arranque lento em 2019 e as previsões de uma primeira metade do ano fraca põem uma pressão significativa no segundo semestre", assumiu a empresa. O CEO, Rajeev Suri, aponta a pressão em termos do investimento na tecnologia 5G no curto-prazo mas vê este desafio como uma oportunidade num horizonte temporal mais longo.

As ações da Nokia seguem com uma desvalorização de 9,59% para os 4,665 euros, depois de já terem descido aos 4,5955 euros, uma quebra de 10,94%. A cotada tocou assim num mínimo de 25 de outubro do ano passado. Desde o início do ano, a empresa conta uma quebra de 7,33% na capitalização bolsista. 

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