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Morgan Stanley: Preço do lítio vai cair 45% em três anos

Este ano será o último de um défice global de lítio. Haverá "excedentes significativos" a partir de 2019, segundo o banco norte-americano.

Ivan Alvarado/Reuters
Mariana Adam marianaadam@negocios.pt 27 de Fevereiro de 2018 às 15:00

O crescimento do sector dos carros eléctricos será "insuficiente" para absorver o aumento de lítio disponível no mercado, de acordo com analistas do Morgan Stanley, que prevêem que o preço baixe 45% até 2021.


Os novos projectos de lítio e as explorações já previstas pelos maiores produtores do Chile "ameaçam acrescentar" no mercado cerca de 500 mil toneladas por ano desta matéria-prima até 2025, explica o banco. Que acrescenta: "acreditamos que este aumento da oferta termine no pântano".


Numa nota a que o Financial Times teve acesso, o Morgan Stanley antecipa que 2018 será o último ano em que se regista um défice global de lítio. Haverá "excedentes significativos" a partir de 2019, segundo o banco. "Seria preciso taxas de penetração de carros eléctricos muito maiores para compensar o excesso de matéria-prima". Os carros eléctricos teriam que representar 31% das vendas globais em 2025 - sendo que actualmente representam menos de 2% - para "equilibrar o mercado".

O preço do lítio duplicou nos últimos dois anos à medida que a procura disparou devido aos carros eléctricos – onde o lítio é uma das matérias-primas primas chave. O Tesla Model S usa mais lítio nas suas baterias do que 10.000 smartphones, de acordo com as estimativas do Goldman Sachs.


De acordo com a mesma fonte, os preços do carbonato de lítio, a base química produzida pela indústria, vão cair de 13.375 dólares por tonelada para 7.332 em 2021 e, a partir daí, desvalorizar até ao custo marginal de produção.


O banco também reviu em baixa os preços das acções dos dois maiores produtores de lítio, Albemarle e SQM. O FT acrescenta que nos últimos anos, ambas as empresas garantiram um acordo com o regulador do Chile para aumentar a capacidade de produção no país, que possui as maiores reservas mundiais desta matéria-prima.

Em reacção a esta nota que prevê uma queda a pique dos preços do lítio, as acções da Albemarle, com sede nos EUA, caíram na sessão de ontem mais de 7% para 110,10 dólares, enquanto os títulos da rival SQM perderam mais de 8% para 53,71 dólares.

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