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Israel lança "jóia" das moedas virtuais

A partir de Maio vai ser mais fácil e rápido investir em diamantes e pedras preciosas.

REUTERS
Mariana Adam marianaadam@negocios.pt 14 de Março de 2018 às 18:57

O mercado dos diamantes vai entrar no mundo das moedas digitais. A Bolsa de Diamantes de Israel, com sede em Tel Aviv, deu luz verde a duas novas criptomoedas (Cut e Carat) que vão estar no mercado em Maio e que foram criadas para servir como métodos de pagamento nas transacções de diamantes e pedras preciosas. 

 

conceito foi criado por uma start-up israelita e o público-alvo são investidores e traders em geral que querem diversificar os seus investimentos, investindo nestas matérias-primas (sem a obrigação de as deter fisicamente). Estas moedas virtuais serão parcialmente suportadas por diamantes reais, que estarão certificados e depositados na Tel Aviv Diamond Exchange.  

 

"Estas criptomoedas vão estar endossadas, entre 25% e 75%, a diamantes, dependendo da flutuação. Podem ser compradas com dólares, mas também com diamantes", explica Eli Avidar, director da Bolsa de Diamantes de Tel Aviv. E, ao contrário da Bitcoin, o seu valor vai estar associado ao mundo real, já que vai depender da evolução do preço dos diamantes. 

 

A partir de Maio, vai ser possível comprar e vender on-line, 24 horas por dia, em qualquer dia da semana. "Actualmente, as transacções profissionais levam entre 4 a 6 semanas para se efectivarem". As operações serão aprovadas praticamente no momento, para que os investidores possam investir, ou recuperar o seu investimento, quase instantaneamente.  

 

Para realizar transacções, será necessário usar a plataforma on-line criada pela empresa israelita onde estará todo o tipo de informações sobre o mercado de diamantes, bem como a flutuação do índice de referência criado pela própria empresa. "O nosso índice é baseado num algoritmo que analisa 14 parâmetros que influenciam a compra e venda destas pedras preciosas. Tentamos assim fazer uma análise dos futuros movimentos do mercado e ajudar os investidores na tomada de decisões", diz Gabriel Diament, o criador do algoritmo. 

 
Tanto os representantes da Tel Aviv Diamond Exchange como os directores da start-up sublinham a transparência de todo o processo que será auditado anualmente pela consultora internacional EY e que estará sobre a alçada do Kimberley - um sistema internacional a que Israel aderiu em 2003, que consta de um processo de certificação de origem de diamantes concebido para evitar a compra e venda de diamantes de sangue (com origem em zonas de conflito, guerras civis, ou em locais em que se violem os direitos humanos)e que garante aos consumidores a proveniência legal dos diamantes. 
  

 

A ideia da start-up tenta dar resposta à estagnação e envelhecimento do mercados de diamantes, que tem de se tornar mais competitivo num mundo cada vez mais dominado pelas transacções virtuais e pela tecnologia das criptomoedas.

   

As exportações de diamantes de Israel caíram 12% no ano passado. "Os diamantes não têm fronteiras, mas o negócio já não é tão dinâmico como há 15 ou 20 anos. Tem havido alguma paralisia e isto abrirá novas oportunidades de negócio", sublinha Eli Avidar. 
 

 

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