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IMF – Norges bank corta taxas para 0%

Norges bank corta taxas para 0%; EUA perdem 20.5 milhões de empregos em abril, CE prevê recessão de 7.7% em 2020; Crude encerra em alta pela 2ª semana consecutiva; Ouro segue a lateralizar em torno dos $1700.

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Norges bank corta taxas para 0%

O Banco Central da Noruega surpreendeu ao cortar a taxa de juro diretora de 0.25% para 0%, novo mínimo histórico, sinalizando ainda que não pretende mais cortes. A decisão foi unânime. O Norges Bank revelou que esta política extrema poderá impedir uma crise económica ainda mais acentuada. As consequências da pandemia foram agravadas pelo colapso nos preços do petróleo. Uma estimativa oficial coloca a contração económica apenas em março em 14%. É de notar que os membros do Banco já tinham adotado uma série de medidas sem precedentes em março, reduzindo em 1.25 pontos percentuais a sua taxa principal em duas reuniões de emergência. O Norges Bank também adicionou empréstimos bancários baratos e intervenções cambiais ao seu arsenal. O Norges Bank prevê que a economia contrairá 5.2% em 2020, face ao crescimento de 0.4% esperado em março. Para 2021, espera uma recuperação de 3%. A Noruega é o maior produtor de petróleo da Europa. A coroa norueguesa reagiu em alta a estes desenvolvimentos, estando o Eur/Nok próximo de mínimos de dois meses, em torno dos 11.06 noks.

Tecnicamente, O Eur/Nok tem vindo a lateralizar junto dos 11.5 noks nas últimas semanas. Não obstante, recentemente o par afastou-se significativamente abaixo deste nível e tendo em conta o canal de tendência descendente no qual vem a transacionar desde março, poderá dar por terminada a consolidação (se é que já não o fez) e começar a recuar, tendo como próximo suporte os 10.5 noks.


EUA perdem 20.5 milhões de empregos em abril, CE prevê recessão de 7.7% em 2020

Na última semana começou-se a materializar de forma mais significativa o impacto da pandemia do Covid-19 nas economias mundiais. Nos EUA foram perdidos uns impressionantes 20.5 milhões de postos de trabalho em abril, a queda mais acentuada em quase 100 anos. O relatório do Departamento do Trabalho revelou também que a taxa de desemprego mais do que triplicou de 4.4% em março para 14.7% no mês passado, o nível mais elevado desde a 2ª Guerra Mundial. As perdas de abril apagam quase todos os empregos que a economia tinha acrescentado na expansão da década passada e revelavam o quão precário é o mercado laboral para um elevado número de norte-americanos. Já na Europa, as exportações da sua maior economia (alemã) caíram 11.8% em março, a maior queda desde que há registo. Adicionalmente, a Comissão Europeia prevê uma recessão de 7.7% na economia da ZE em 2020. A inflação deverá abrandar para 0.2% este ano, antes de acelerar para 1.1% em 2021. Os esforços para auxiliar as populações e estimular as economias aumentarão os défices orçamentais para 8.5% do PIB. O investimento deverá recuar 13.3%. Espera-se que a taxa de desemprego atinja os 9.5%. Portugal deverá contrair 6.8% este ano e recuperar 5.8% em 2021. O desemprego chegará aos 9.7% este ano. A dívida pública deverá subir de 117.7% do PIB em 2019 para 131.6% em 2020.

Tecnicamente, o Eur/Usd dá seguimento ao movimento de lateralização que tem vindo a descrever desde abril, após ter falhando o teste ao limite inferior deste, em torno dos $1.075. Os indicadores técnicos não fornecem sinais muitos claros, podendo indicar que o par poderá continuar a consolidar entre os $1.08 e os $1.10 no curtíssimo-prazo.


Crude encerra em alta pela 2ª semana consecutiva

O crude alcançou os seus dois primeiros ganhos semanais consecutivos desde fevereiro, com os cortes na produção dos maiores produtores e uma crescente recuperação na procura a começar a reequilibrar o mercado petrolífero. A Arábia Saudita, o maior exportador de petróleo do mundo, aumentou o custo de quase todas as classes para junho, sugerindo que está mais interessado em apoiar uma recuperação nos preços do que em ganhar participação de mercado. Também há mais evidências de que a procura está a começar a regressar nos EUA. A gasolina fornecida, um indicador do consumo, aumentou ao ritmo mais elevado dos últimos dois anos na semana passada. Embora ainda exista um excesso de clareza, os números encorajadores estão a levar a avaliações otimistas de alguns dos principais analistas de energia. Para a Goldman Sachs, a procura de petróleo está em numa "trajetória aprimorada" e poderá exceder a oferta até o início de junho.

Ouro segue a lateralizar em torno dos $1700

O ouro voltou a encerrar a semana em alta. Não obstante, os preços da matéria-prima continuam a registar muito pouca variação, tendo vindo a lateralizar em torno dos $1700/onça desde meados de abril. Os mercados continuam a apresentar uma postura com alguma aversão ao risco, devido ao impacto do Covid-19 nas economias. Adicionalmente, as tensões entre os EUA e a China (que diminuíram na sexta-feira, com ambos a concordarem em melhorar o ambiente para a implementação da Fase 1 do acordo comercial) também suportou a aversão ao risco.

Tecnicamente, o ouro deu seguimento ao movimento de consolidação em torno dos $1700/onça. Os indicadores técnicos, nomeadamente o MACD, apresentam agora sinais praticamente nulos, sinalizando que a tendência do metal precioso se deverá manter no curtíssimo-prazo.

As análises técnicas aqui publicadas não pretendem, em caso algum, constituir aconselhamento ou uma recomendação de compra e venda de instrumentos financeiros, pelo que os analistas e o Jornal de Negócios não podem ser responsáveis por eventuais perdas ou danos que possam resultar do uso dessas informações. Caso pretenda ver esclarecida alguma dúvida acerca da Análise Técnica, por favor contactar a IMF ou o Jornal de Negócios.

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