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IMF – Eur/Nok em máximos históricos

Coroa norueguesa atingiu máximos históricos face ao euro; Dólar enfraquece e Eur/Usd sobe acima dos $1.11; Subida expressiva dos inventários de crude dos EUA pressionou o ouro negro; Ouro permanece sem grande volatilidade.

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Coroa norueguesa atingiu máximos históricos face ao euro

A coroa norueguesa caiu face ao euro para mínimos históricos, tendo alcançado os 10.2050 Noks, ultrapassando o mínimo anterior de 10.17 noks de dezembro de 2008. A Handelsbanken Markets acredita que fatores sazonais estão por trás desta queda, indicando que poderá ter influenciado os traders, tendo em conta que nos últimos anos a coroa tende a enfraquecer à medida que os investidores reduzem a sua exposição ao risco com o aproximar do final do ano. Alguns analistas culpam a recente fraqueza devido às turbulências mundiais, enquanto outros argumentam que a queda avultada é difícil de ser fundamentada. De acordo com o DNB Markets, o maior banco norueguês, o sell-off contínuo de noks não possui fatores fundamentais óbvios. Lembrando as FX POLLS da Reuters de 4 de outubro, os analistas apontavam para um Eur/Nok nos 9.90 a três meses.

Tecnicamente, o Eur/Nok quebrou a resistência de longo-prazo dos 10.16 noks, renovando máximos históricos, ou seja, neste momento o Eur/Nok não tem nenhuma barreira técnica que faça frente às subidas. No entanto, tendo em conta que o RSI indica uma zona oversold, espera-se que o par possa mostrar alguma vulnerabilidade e corrija antes de dar seguimento às subidas no curto-prazo.

Dólar enfraquece e Eur/Usd sobe acima dos $1.11

Esta semana foi marcada pela divulgação de alguns dados sobre a economia europeia e norte-americana. Na Alemanha, o sentimento económico caiu menos que o esperado, mas acabou por recuar. No entanto, um outro indicador, que mede as perspetivas sobre o estado atual da economia caiu para -25.3 em setembro dos -19.9 em agosto, mínimos de vários meses. Nos EUA, surgiu um sinal alarmante. As vendas a retalho nos EUA caíram pela primeira vez sete anos, intensificando os receios que a deterioração do setor industrial começa a contagiar o resto da economia, mostrando alguma fraqueza no consumo e aumentando a expectativa de cortes da Fed, levando a um enfraquecimento do dólar.

Tecnicamente, a quebra da linha superior do canal descendente veio mudar as perspetivas sobre o Eur/Usd, invertendo a tendência de queda que se seguia desde meados de junho. Neste momento, o par encontra-se a tentar afastar os 50% de retração de fibonacci e tudo indica que irá testar os 61.8% de retração muito em breve. Contudo, tendo em conta as recentes subidas um primeiro teste a essa zona deverá ser seguido de uma correção em baixa e só o rompimento dos $1.12 confirmará o viés de alta de curto-prazo.

Subida expressiva dos inventários de crude dos EUA pressionou o ouro negro

Os preços do barril de crude encerraram a semana em queda, ainda que ligeira face a algumas das descidas registadas nas últimas semanas. A matéria-prima foi pressionada em várias frentes. Destacam-se no entanto, a deterioração do otimismo em torno das negociações comerciais EUA-China e a subida bastante acima do esperado dos inventários de crude dos EUA, que registaram um aumento de 9.3 milhões de barris, quando era esperada uma subida de "apenas" 2.88 milhões. Na sexta-feira o sentimento foi condicionado pelos fracos números da expansão económica da China que alcançou mínimos de quase 30 anos, aumentando os receios de um abrandamento da procura na segunda maior economia mundial.

Tecnicamente, o crude não chegou a testar os $55.6, acabando por recuar abaixo dos $53.6 (23.6% de retração de fibonacci) – nível em torno do qual se encontra a transacionar de momento. Os indicadores técnicos não apresentam uma tendência muito definida, sendo esperado que o ouro negro consolide em torno dos níveis atuais no curto-prazo.

Ouro permanece sem grande volatilidade

O ouro viveu uma semana sem grande volatilidade, consolidando acima dos $1480/onça, com o mercado a optar por aguardar por desenvolvimentos na frente comercial sino-americana, mas também relativamente à saída do Reino Unido da UE. Apesar da queda nas vendas a retalho norte-americanas e maus dados de crescimento económico na China, que atingiu mínimos de quase 30 anos, o ouro continuou suportado até ao final da semana com não só pelos investidores aguardarem pela reunião do parlamento britânico no sábado, mas também pelo facto de os últimos dados da produção industrial na China terem sido relativamente robustos.

Tecnicamente, as perspetivas de subida do ouro têm vindo a diminuir nas últimas semanas. Contudo, os 50% de retração de fibonacci têm-se mostrado como sendo um suporte robusto, sendo necessária uma quebra deste para confirmar uma tendência de queda, algo cuja formação de triângulo descendente aumenta a probabilidade para que tal aconteça.

As análises técnicas aqui publicadas não pretendem, em caso algum, constituir aconselhamento ou uma recomendação de compra e venda de instrumentos financeiros, pelo que os analistas e o Jornal de Negócios não podem ser responsáveis por eventuais perdas ou danos que possam resultar do uso dessas informações. Caso pretenda ver esclarecida alguma dúvida acerca da Análise Técnica, por favor contactar a IMF ou o Jornal de Negócios.
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