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IMF – Coroa sueca atinge mínimos de dez anos face ao euro
Coroa sueca atinge mínimos de dez anos face ao euro; Eur/Usd quebra em alta os $1.10; Ataque a petroleiro iraniano impulsionou os preços do crude; Ouro encerrou a semana com perdas ligeiras.
Coroa sueca atinge mínimos de dez anos face ao euro
A coroa sueca deu continuação à tendência de desvalorização que tem vindo a registar desde 2013, recuando para mínimos de julho de 2009 face ao euro. Um dos membros do Banco Central sueco (Sveriges Riksbank) afirmou que os planos para subir taxas de juro deverão ser adiados para [pelo menos] o início de 2020. O governador do Riskbank, Per Jansson, citou o desemprego, a inflação abaixo da meta, a queda nos indicadores avançados e a incerteza global como principais fatores. Contudo, referiu também que lhe parece que a política monetária não é a principal razão a justificar a queda da coroa sueca. A taxa de juro do Riskbank está em -0.25%. É de notar que a fraqueza da coroa sueca tem vindo também a influenciar negativamente a moeda da Noruega.
Tecnicamente, o Eur/Sek tem vindo a transacionar com uma tendência claramente bullish nas últimas semanas, tendo atingido máximos superiores a 10 anos. No entanto, aparenta ter encontrado resistência em torno das 10.92 coroas, acabando por corrigir em baixa. O par poderá continuar a correção até ao suporte em torno das 10.72 coroas e até à linha de tendência ascendente de longo prazo (a verde).
Eur/Usd quebra em alta os $1.10
Após vários testes fracassados, o Eur/Usd acabou por conseguir quebrar os $1.10. O tom relativo às negociações comerciais entre os EUA e a China melhorou durante as negociações de quinta e sexta-feira. De acordo com a Casa Branca e Trump, as conversas com a Pequim correram melhor do que o esperado. Adicionalmente, os dois países estão a tentar chegar a um acordo comercial parcial, no qual os EUA suspenderiam a aplicação de mais tarifas e levantariam algumas proibições, em troca da estabilidade cambial e da compra de alguns produtos dos EUA, nomeadamente agrícolas. Destaque também para as minutas do BCE que mostraram divergência significativa entro os membros do Conselho. A maioria destes aprovou a redução das taxas para -0.50%, no entanto, alguns apoiavam cortes mais significativos para evitar o recomeço da compra de ativos, enquanto que outros se encontravam reticentes a realizar qualquer tipo corte devido a receios do aumento dos efeitos colaterais.
Tecnicamente, no longo-prazo o par segue com uma tendência de queda, contudo o MACD fornece sinal de venda e o par quebrou a resistência dos $1.10 e encontra-se a testar a linha de tendência descendente, podendo indicar uma perspetiva bullish no curto-prazo. No entanto, é necessária uma quebra à linha de tendência para o confirmar.
Ataque a petroleiro iraniano impulsionou os preços do crude
Os preços do petróleo encerraram a semana em alta. A justificar o movimento está, em grande parte, o ataque a um petroleiro iraniano, que fez os preços do petróleo subir quase 2%, aumentando os receios de disrupções à oferta de petróleo proveniente de uma das mais importantes regiões petrolíferas. Também o otimismo gerado pelas negociações EUA-China ofereceu suporte ao ouro negro. A limitar os ganhos esteve o aumento de cerca de 2.9 milhões de barris dos inventários de crude norte-americanos, quando era esperado um aumento de "apenas" 1.4 milhões.
Tecnicamente, o crude quebrou em alta a linha de tendência descendente de curto-prazo (vermelho). O MACD aparenta estar a inverter o sinal de venda, indicando que a matéria-prima poderá vir a testar os $55.6 (38.2% de retração de fibonacci) no curto-prazo. Suporte nos $53.7.
Ouro encerrou a semana com perdas ligeiras
O ouro encerrou a semana com perdas ligeiras, contudo, transacionou num intervalo relativamente curto, sem nunca se afastar muito dos $1500/onça. Os diversos alívios e escalares das tensões comerciais EUA-China e do Brexit foram os principais fatores a determinar a movimentação do metal precioso no início da semana. Contudo, no final da semana relatos otimistas das negociações EUA-China e do Brexit aumentaram o apetite pelo risco, pressionando o ouro.
Tecnicamente, as perspetivas de subida do ouro têm vindo a diminuir nas últimas semanas. Contudo, os 50% de retração de fibonacci têm-se demonstrado como um suporte robusto, sendo necessária uma quebra deste para confirmar uma tendência de queda.
As análises técnicas aqui publicadas não pretendem, em caso algum, constituir aconselhamento ou uma recomendação de compra e venda de instrumentos financeiros, pelo que os analistas e o Jornal de Negócios não podem ser responsáveis por eventuais perdas ou danos que possam resultar do uso dessas informações. Caso pretenda ver esclarecida alguma dúvida acerca da Análise Técnica, por favor contactar a IMF ou o Jornal de Negócios.