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IMF – BCE aumenta “bazuca” em €600 mM. Mercado laboral dos EUA surpreendeu pela positiva em maio

O PIB da Noruega caiu 4.7% em abril, mas perspetivas para o futuro são positivas; BCE aumenta “bazuca” em €600 mM. Mercado laboral dos EUA surpreendeu pela positiva em maio; Otimismo dos mercados e queda dos inventários dos EUA impulsiona o crude; Ouro quebra suporte dos $1700/onça

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PIB da Noruega caiu 4.7% em abril, mas perspetivas para o futuro são positivas

A economia norueguesa contraiu 4.7% m/m em abril e 11.4% nos dois meses desde o final de fevereiro. Não obstante, as perspetivas para o resto do ano parecem agora melhores do que o previsto há seis semanas. De acordo com os mais recentes dados da agência de estatística norueguesa, espera-se que a economia continental, que exclui a volátil produção offshore de petróleo e gás, contraia 3.9% y/y, face à queda de 5.5% y/y prevista no final de abril, altura em que o país se encontrava em confinamento para limitar a propagação do Covid-19. O instituto revelou ainda que, após uma forte queda no PIB no primeiro semestre deste ano, é esperado que o crescimento recupere acentuadamente no final desde ano e no início de 2021. As previsões apontam para um crescimento de 4.3% y/y em 2021. A confirmarem-se estes valores, a economia entraria em 2022 numa situação ainda mais positiva do que nos níveis pré-vírus. O desemprego, que chegou a subir acima de 15% em meados de abril, tem vindo a recuar, sendo previsto uma taxa de desemprego média de 5.1% este ano, acima dos 3.7% de 2019, mas consideravelmente abaixo dos 5.3% previstos há seis semanas.

Tecnicamente, o Eur/Nok continua a apresentar uma tendência de queda para o curto/médio-prazo, à medida que transaciona dentro do canal de tendência descendente. O par encontra-se a testar o suporte das 10.50 noks. Os indicadores técnicos, nomeadamente o MACD, fornecem um sinal de venda, o que poderá sinalizar que par deverá quebrar o referido nível em baixa no curto prazo. Contudo, já para o longo prazo, a tendência continua a ser de alta, suportada pela linha de tendência ascendente (verde tracejado).

BCE aumenta "bazuca" em €600 mM. Mercado laboral dos EUA surpreendeu pela positiva em maio

O Eur/Usd encerrou a semana em novos máximos de quase três meses, perto dos $1.13. O par já vinha a registar ganhos ao longo da semana, mas recebeu um impulso significativo na quinta-feira como resultado da decisão de política monetária do Banco Central Europeu. O BCE reforçou o seu plano de emergência de compras de ativos públicos e privados (PEPP na sigla em inglês) em €600 mM, alargando o poder de fogo deste para € 1.350 biliões. Adicionalmente, a duração do programa foi estendida em seis meses, até junho de 2021. Sobre os restantes estímulos, o BCE não realizou qualquer alteração, mantendo-se as atuais taxas de juro e o programa de QE a um ritmo mensal de €20 mM. O Banco Central dá ainda conta da intenção de reinvestir os juros deste PEPP até final de 2020. No seu cenário base, o Banco prevê uma contração do PIB de 8.7% em 2020, seguida de uma recuperação de 5.2% e 5.3% em 2021 e 2022. Nos EUA, o grande destaque vai para a inesperada recuperação do mercado laboral em maio. A economia norte-americana criou 2.5 milhões de postos de trabalho em maio, após ter registado uma queda de 20.7 milhões no mês anterior, superando ainda o decréscimo de 8 milhões esperado. A taxa de desemprego também surpreendeu pela positiva, tendo recuado de 14.7% em abril para 13.3%, quando era esperado um aumento até 19.8%. Os dados mostram uma economia americana em recuperação, à medida que os Estados começam a aliviar as restrições e as empresas começam a trazer de volta os funcionários, suportando também uma subida nos mercados acionistas. O dólar reagiu em alta, levando o Eur/Usd para níveis abaixo dos $1.13.

Tecnicamente, após os ganhos expressivos das últimas sessões, o Eur/Usd continua a apresentar uma perspetiva bullish para o curto-prazo, transacionando acima dos $1.13. O MACD apresenta um sinal de compra, indicando que o par poderá dar continuidade aos ganhos de encontro à próxima resistência, situada nos $1.15.

Otimismo dos mercados e queda dos inventários dos EUA impulsiona o crude

O crude encerrou em alta pela sexta semana consecutiva, após a OPEP e os seus aliados, liderados pela Rússia, terem chegado a um acordo provisório para prolongar os cortes recorde de produção. Adicionalmente, os dados robustos do mercado laboral norte-americano também contribuiriam para a subida do ouro negro no final da semana, com estes a sinalizar uma recuperação da economia, o que por sua vez deverá resultar num aumento da procura pela matéria-prima. Destaca-se ainda mais um fator subjacente à subida dos preços, tendo os inventários de crude dos EUA contraído em quase 2.1 milhões, face ao acréscimo de 7.9M da semana anterior e ao aumento de 3M esperado.

Ouro quebra suporte dos $1700/onça

O ouro encerrou a primeira semana do mês de junho com perdas modestas, com as economias a voltarem lentamente à normalidade um pouco por todo o mundo, aumentando o apetite pelo risco dos mercados e, consequentemente, pressionando a generalidade dos ativos de refúgio. Este sentimento só aumentou no final da semana com a decisão de aumento dos estímulos monetários por parte de BCE e pelos dados robustos do mercado laboral dos EUA.

Tecnicamente, o ouro acabou de quebrar em baixa a linha de tendência ascendente de curto-prazo que vinha a registar desde meados de abril, e o suporte psicológico dos $1700/onça. O metal precioso apresenta assim uma tendência ligeiramente bearish para o curtíssimo-prazo, existindo a possibilidade de continuar a desvalorizar até ao próximo suporte, em torno dos $1600/onça.

As análises técnicas aqui publicadas não pretendem, em caso algum, constituir aconselhamento ou uma recomendação de compra e venda de instrumentos financeiros, pelo que os analistas e o Jornal de Negócios não podem ser responsáveis por eventuais perdas ou danos que possam resultar do uso dessas informações. Caso pretenda ver esclarecida alguma dúvida acerca da Análise Técnica, por favor contactar a IMF ou o Jornal de Negócios.

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