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IMF – Banco central do México volta a cortar taxas de juro

Eur/Mxn já recuou 14% face a um ano, mas nível dos 21 pesos mexicanos continua a fornecer suporte; Eur/Usd encontrou suporte robusto nos $1.10; Guerra comercial EUA-China e aumento dos inventários pressionaram o crude; Ouro ressaltou nos $1440/onça.

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Banco central do México volta a cortar taxas de juro

Desde o terceiro trimestre de 2018, o par já recuou quase 14% e tem vindo a ser notável a diminuição de volatilidade sobre o mesmo. Contudo, mais recentemente, o banco central mexicano voltou a cortar taxas de juro em 25 pb na reunião, na passada quinta-feira, o terceiro corte consecutivo, levando a taxa de referência para os 7.50%, enfatizando que as perspetivas para o crescimento económico têm vindo a ser deterioradas nos últimos meses. É de notar ainda que dois dos membros votaram por uma flexibilização mais agressiva, apelando por um corte de 50 pb. A incerteza na América Latina também continua a pesar no sentimento, o qual já era pressionado pelas tensões comerciais globais.

Tecnicamente, o par segue numa formação de triângulo descendente no longo-prazo (desde o 3º trimestre de 2018), mas mais recentemente as perspetivas de queda continuam a intensificarem-se e é necessária cautela para a possibilidade de o par finalmente romper em baixa o suporte dos 21 pesos. Os máximos relativos cada vez mais baixos desde agosto impulsionam essa perspetiva. No entanto, não se põe de parte um novo ressalto a esse nível, dado a atual consolidação.



Eur/Usd encontrou suporte robusto nos $1.10

O Eur/Usd na última semana acabou por recuar até aos $1.10, nível no qual aparenta ter encontrado um suporte bastante robusto e ressaltar. Esta semana foi marcado por uma ligeira guerra entre Trump e Powell, pelo um aumento do otimismo dados uma recuperação nos dados macroeconómicos na Zona Euro e pela diminuição dos receios de recessão nos EUA. No seu discurso Trump voltou a criticar a Fed pelos níveis altos das taxas de juro. Contudo, perante o Congresso Powell argumentou que taxas mais baixas teriam um impacto negativo e que as taxas irão permanecer em "stand by" prevendo uma "expansão sustentável da economia dos EUA.

Tecnicamente, O Eur/Usd poderá estar a pôr de parte a perspetiva bearish, para já, à medida que os $1.10 vão dando um suporte relativamente robusto ao par. Apesar de o par ter comprovado a formação de um duplo topo, os $1.10 estão a impedir o par de recuar mais. O viés de venda começa a desvanecer, sendo esperado que o par possa continuar a corrigir dos $1.10.



Guerra comercial EUA-China e aumento dos inventários pressionaram o crude

Os preços do crude registaram pouca variação, mas acabaram por encerrar a semana com ganhos ligeiros. No início da semana a incerteza em torno do acordo comercial entre os EUA e China pressionou a matéria-prima, isto após Donald Trump ter negado que autorizou a remoção de tarifas entre as duas potências. Os inventários de crude norte-americanos também deixaram a desejar, tendo registado uma aumentou mais expressivo do que o esperado (+2.219 M de bdp vs +1.649 M de bdp) na semana até 8 de novembro, tendo a produção atingido os 12.8 M de bdp – máximos históricos. Relatórios da OPEP e do IEA apontam para uma queda na procura do petróleo produzido pela OPEP e Rússia em 2020.

Tecnicamente, o crude registou pouca variação ao longo ao longo da semana, nunca se afastando de forma significativa dos $57 (50% de retração de fibonacci). A matéria-prima continua a transacionar dentro do canal ascendente (verde tracejado). O MACD não fornece um sinal claro, podendo indicar que ouro-negro continuar a transacionar dentro do canal no curto-prazo.



Ouro ressaltou nos $1440/onça

O ouro recuou até aos $1440/onça com a diminuição das tensões comerciais e com um dólar mais robusto. No início da última semana, as perspetivas sobre a guerra comercial foram melhorando, com o mercado a aguardar que Trump adie as tarifas sobre o setor automóvel na Europa e no Japão. Mais no final Larry Kudlow indicou que um pacto para a fase 1 do acordo comercial está prestes a ser fechado. No entanto, é de referir que a meio da semana, o facto de Trump, no seu discurso, não ter mencionado algo relevante sobre os conflitos com a China, levou os mercados a ficarem desiludidos, impulsionando o metal precioso.

Tecnicamente, o ouro ressaltou nos $1440/onça e aproximou-se do anterior suporte dos $1480. No entanto, as perspetivas bearish permanecem para já, mas os indicadores técnicos ainda não dão sinais robustos de tendência. No curto-prazo aguarda-se que o metal precioso volte a recuar aos $1440.



As análises técnicas aqui publicadas não pretendem, em caso algum, constituir aconselhamento ou uma recomendação de compra e venda de instrumentos financeiros, pelo que os analistas e o Jornal de Negócios não podem ser responsáveis por eventuais perdas ou danos que possam resultar do uso dessas informações. Caso pretenda ver esclarecida alguma dúvida acerca da Análise Técnica, por favor contactar a IMF ou o Jornal de Negócios.

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