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IMF – Alívio das tensões EUA-Irão leva à correção do ouro e crude

Ingves (Riksbank): Taxas de juro negativas não são a primeira opção; Eur/Usd corrige em baixa até aos $1.1100; Crude regista maior queda semanal desde outubro com alívio das tensões EUA-Irão; Ouro corrige de máximos de 2013

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Ingves (Riksbank): Taxas de juro negativas não são a primeira opção

Nas minutas da última reunião do Banco Central da Suécia (Riksbank), o governador, Stefan Ingves, afirmou que uma expansão do seu balanço (compra de ativos) é mais provável de acontecer do que retornar a taxas de juro negativas se a economia sueca se deteriorar. A maioria dos membros do Banco defendeu que existiam poucos sinais de uma recessão no horizonte, enfatizando que uma previsão de taxas de juro a 0% por um período de tempo indeterminado iria deixar a política altamente expansionista e daria ao Riskbank o espaço necessário para flexibilizar, se necessário. Esta decisão era amplamente esperada, mas muitos analistas questionaram a necessidade de um aumento, visto que a economia está a desacelerar e a inflação deverá permanecer abaixo da meta de 2% do banco por algum tempo.

Tecnicamente, o Eur/Sek tem vindo a recuar desde outubro, à medida que transaciona dentro de um canal descendente (verde tracejado). No entanto, o par poderá estar a inverter esta tendência. Após ter ressaltado no limite inferior do canal, o par testa agora níveis acima do limite superior. O MACD fornece agora sinal de compra, podendo sinalizar o sucesso a este teste. É de notar que a quebra a este nível é necessária para o par conseguir inverter a tendência.


Eur/Usd corrige em baixa até aos $1.1100

O Eur/Usd deu seguimento à correção registada desde a semana passada. Contudo, nas últimas sessões acabou por estabilizar em torno dos $1.1100. A descida do par deve-se, em grande parte, à robustez do dólar resultante do aliviar das tensões geopolíticas entre os EUA e o Irão. É de notar que na quarta-feira o Irão atacou duas bases norte-americanas no Iraque como retaliação ao ataque por parte dos EUA que vitimou o líder militar iraniano Qassem Soleimani. Contudo, o país do Médio Oriente afirmou não estar a procurar iniciar uma guerra com os EUA e, ao comentar sobre este ataque, Trump afirmou que não pretende iniciar nenhum ataque retaliatório contra o Irão, acabando por diminuir os receios do mercado. A economia norte-americana adicionou menos postos de trabalho do que o esperado em dezembro (+145 mil vs +164 mil). Os rendimentos médios também ficaram aquém das expetativas (+2.9% vs +3.1% dez). Já a taxa de desemprego manteve-se em 3.5% no último mês de 2019.

Tecnicamente, o Eur/Usd continuou a corrigir após ter falhado o teste aos 61.8% de retração de fibonacci (em torno dos $1.1210). No entanto, e apesar do sinal da venda do MACD, as perdas do par poderão ter terminado, ou estar para terminar. Os 38.2% de retração ($1.1084) têm oferecido suporte ao par nas últimas sessões, levando-o a consolidar ligeiramente acima deste nível. Este fator, quando combinado com a linha de tendência ascendente (verde tracejado) poderá indicar um ressalto do par no curtíssimo-prazo.


Crude regista maior queda semanal desde outubro com alívio das tensões EUA-Irão

No início da semana, os preços do petróleo alcançaram máximos de oito meses, acima dos $65.60, impulsionados pelas tensões entre os EUA e Irão, que se intensificaram após o país do Médio Oriente ter atacado duas bases norte-americanas no Iraque. Contudo, estas acabaram por ser aliviadas após Trump ter minimizado o impacto destes ataques, adiantando que não pretende entrar em guerra com o Irão. Este desenvolvimento levou os preços da matéria-prima a corrigirem em baixa, resultando na maior queda semanal desde outubro. Os inventários de crude dos EUA aumentaram, inesperadamente, em cerca de 1.164 milhões de barris na semana até 3 de janeiro, quando era esperada uma queda de 3.572 milhões de barris, o que acabou por pressionar ainda mais o ouro negro.

Tecnicamente, apesar de ter testado níveis acima dos $63.81 (100% de retração de fibonacci) estes foram apenas temporários, tendo o ouro negro acabado por corrigir em baixa. Os indicadores técnicos, nomeadamente o MACD e o RSI fornecem uma perspetiva bearish, contudo, os $58.70 (61.8% de retração) ofereceram suporte nas últimas sessões. Tendo em conta este fator, e o limite inferior do canal ascendente, a matéria-prima poderá ressaltar no curto-prazo.


Ouro corrige de máximos de 2013

Os preços do ouro acabaram por registar um movimento bastante semelhante aos do crude e também pelos mesmos motivos. As tensões EUA-Irão impulsionaram o metal precioso no início da semana, levando-o a renovar máximos de 2013, acima dos $1600/onça, e o consequente alívio destas resultou na correção da totalidade destes ganhos, estando o ouro de novo a transacionar abaixo dos $1550/onça.

Tecnicamente, o ouro deu seguimento à perspetiva bullish, acabando por testar níveis acima dos $1600. No entanto, estes ganhos foram apenas temporários, tendo o metal precioso acabado por corrigir em baixa muito rapidamente, estando de momento a cotar abaixo dos $1560 (em torno dos 0% de retração de fibonacci). Se a análise técnica se mantiver, o ouro poderá continuar a corrigir, tendo como próximo suporte os $1500.


As análises técnicas aqui publicadas não pretendem, em caso algum, constituir aconselhamento ou uma recomendação de compra e venda de instrumentos financeiros, pelo que os analistas e o Jornal de Negócios não podem ser responsáveis por eventuais perdas ou danos que possam resultar do uso dessas informações. Caso pretenda ver esclarecida alguma dúvida acerca da Análise Técnica, por favor contactar a IMF ou o Jornal de Negócios.

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