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General Electric: um gigante em queda livre

As acções da General Electric caíram mais de 50% no último ano, e quase 10% em 2018.

10 - General Electric – O gigante industrial fecha o lote das dez marcas mais valiosas, sendo uma das nove empresas norte-americanas que constam deste ranking. A sucessora dos esforços de Edison vale 32,2 mil milhões.
REUTERS
Mariana Adam marianaadam@negocios.pt 22 de Fevereiro de 2018 às 15:34

As acções da General Electric caíram mais de 50% no último ano, e quase 10% em 2018. "Não apanhem a faca que está a cair", o conselho de Ari Wald, chefe de análise técnica da Oppenheimer, espelha o pessimismo do mercado em relação aos títulos da gigante norte-americana.

 

A GE está a negociar abaixo dos principais indicadores técnicos de referência, não conseguindo regressar acima da barreira dos 15 dólares por acção. As recentes notícias de que a empresa se está a preparar para vender os seus negócios na área dos motores e gás industrial pressionaram as acções que já estavam em queda livre.

 

"A equação é muito simples: a tendência de queda das acções aconselha a vender e ficar longe destas acções", afirmou Ari Wald, que defende que os títulos da General Electric deverão estabilizar em torno de 13,75 dólares por acção, o que corresponde a mínimos de 2010.

 

Mas há quem veja o copo meio cheio. Boris Schlossberg, director de estratégia de câmbio da BK Asset Management, defende que o momento pode ser uma oportunidade, embora as acções da GE estejam a viver um período instável. "Acredito que investir por um período de cinco anos pode ser uma posição interessante. Mas com uma posição pequena", afirmou Schlossberg.

 

A General Electric anunciou há menos de um mês prejuízos de 6.222 milhões de dólares em 2017, contra um lucro de 8.176 milhões no ano anterior. As contas reflectem, segundo os analistas internacionais, "a profunda crise" que atravessa o conglomerado industrial norte-americano, que viu as suas vendas globais caírem 1% no ano passado, em termos homólogos, para 122.092 milhões de dólares. Em termos trimestrais, a multinacional apresentou um prejuízo de 9.640 milhões de dólares no quarto trimestre do ano passado, que compara com um lucro de 3.670 milhões de dólares no mesmo período de 2016.

 

O presidente executivo, John Flannery, deu início no ano passado a um processo de ajustamento anunciando despedimentos, o corte do dividendo para metade, a venda de activos e admitiu a possibilidade de dividir o grupo em diferentes filiais. A actual crise da General Electric levou a uma perda de mais de 40% do seu valor em 2017. A avaliação da empresa é actualmente de 128.000 milhões de dólares. 

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