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Empresa afunda mais de 40 mil milhões em bolsa antes de recuperar abruptamente

A segunda maior cotada, por valor de mercado, de Singapura, afundou 83% esta quinta-feira, 24 de janeiro, antes de recuperar de forma rápida. A bolsa revelou que um fluxo de ordens de venda no “pre-market” causou uma queda drástica.

24 de Janeiro de 2019 às 12:42
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As ações da Jardine Matheson Holdings afundaram mesmo antes da sessão regular começar, com cerca de 167,5 mil ações a mudarem de mãos por apenas 10,99 dólares, o que compara com o valor de fecho de 66,47 dólares na quarta-feira.

 

A Jardine é uma empresa de investimento com 186 anos que não registava qualquer oscilação das ações com dois dígitos desde Abril de 2009.

 

A queda superior a 80% do valor das ações, equivalente a uma perda de capitalização bolsista de 41 mil milhões de dólares, foi recuperada, com a cotada a terminar a sessão com uma subida de cerca de 0,5%.

 

As ordens de venda superaram as ofertas de compra durante a fase de pré-abertura do mercado, explicou a bolsa de Singapura, acrescentando que não se tratou de um erro provocado por um "fat finger", ou por um erro de funcionamento no sistema, pelo que não haverá cancelamento das operações. Os operadores chegaram a especular que a causa da queda abrupta era um erro humano na introdução de ordens.

 

"A negociação foi ordeira e não há sinais de manipulação", referiu a bolsa de Singapura no mesmo comunicado.

 

"Os participantes tiveram muito tempo para reagir antes de o mercado abrir" e os vendedores podiam ter retirado as suas ordens se não quisessem inundar o mercado com ações a preços baixos, explicou a bolsa.

 

A empresa por seu lado, diz estar convencida de que ocorreu um erro eletrónico, de acordo com a porta-voz da empresa, Jessie Tsui, que reagiu ao desempenho das ações antes da bolsa de Singapura ter emitido o comunicado.

 

Uma história longa

O grupo Jardine Matheso, fundado em julho de 1832 na China, foi uma das casas de negociação que ajudou a determinar o desenvolvimento de Hong Kong durante mais de um século. Depois de ter transferido a negociação das suas ações de Hong Kong para Singapura, o grupo foi transferindo também os seus negócios. A Jardine tem também investimentos noutros ativos, como na Rothschild.

 

O grupo opera um série de negócios que vão desde restaurantes da Pizza Hut na Ásia a supermercados e concessionários da Mercedes-Benz na região.

 

O grupo, também conhecido como Jardines, gerou mais de 83 mil milhões de dólares em receitas em 2017 e registou lucros recorrentes de 1,57 mil milhões de dólares no mesmo período, segundo a informação que consta no seu site.  

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