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DIA dispara quase 9% após acordo que afasta insolvência
A rede de supermercados DIA conseguiu ultrapassar as divergências com o credor Santander e as ações reagiram em alta. Já chegaram a disparar perto de 9%.
A rede de supermercados DIA – Distribuidora Internacional de Alimentación está a subir em bolsa na primeira sessão após o anúncio de que a empresa conseguiu fechar acordo com o banco Santander, um dos maiores credores, para refinanciar a dívida da cadeia, de forma a afastar o cenário de insolvência.
A cotada segue a somar 4,52% para os 67,02 cêntimos, mas já chegou a tocar os 69,8 cêntimos, que correspondem a uma subida de 8,86%. O registo segue-se a três sessões consecutivas no vermelho, e permite assim que o DIA conte uma valorização de 45,22% para os 417,2 milhões de euros desde o início do ano. Isto, depois de no ano passado ter terminado a perder 89,27% da capitalização bolsista.
Esta segunda-feira, 20 de maio, a presidente do Santander, Ana Botín, anunciou no Twitter que fechou um acordo com o maior acionista do Dia para refinanciar a dívida da rede de supermercados que marca presença em Portugal, que assim não tem necessidade de avançar com um pedido de insolvência e proteção contra credores.
Em causa está um aumento de capital de 500 milhões de euros que vai possibilitar à companhia enfrentar a crise de liquidez que enfrenta e cumprir os seus compromissos financeiros.
O ponto de discórdia que dividia o Santander e a acionista maioritária do grupo Dia - a LetterOne - era o acordo, aceite por 16 dos 17 bancos credores, que previa condições mais desfavoráveis para estes do que para os detentores de obrigações. Os obrigacionistas estrangeiros recebem 100% e aos bancos espanhóis estão a oferecer algo muito inferior", tinha reclamado a presidente do Santander.
A administração do Dia tinha alertado em abril para o risco potencial de declaração de insolvência no final deste mês e que não tinha fundos para reembolsar uma emissão obrigacionista de 306 milhões de euros que vence a 22 de julho. O plano do milionário russo passava por reembolsar os obrigacionistas em 300 milhões de euros já em julho, altura em que vencem parte das obrigações, enquanto o pagamento aos bancos (crédito sindicado de 912 milhões que vence no final do mês) seria adiado por quatro anos.