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BCP é o banco ibérico preferido do Deutsche Bank

Os lucros do BCP no primeiro trimestre terão aumentado 14%, impulsionados pela forte redução dos ativos problemáticos, de acordo com as previsões do Deutsche Bank.

Miguel Baltazar
24 de Abril de 2019 às 09:55
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Numa nota de research onde antecipa os resultados dos bancos ibéricos no primeiro trimestre, o Deutsche Bank reitera a preferência pelo BCP entre as cotadas do setor de média capitalização.

O preço-alvo para o banco português é de 0,32 euros (potencial de valorização de 29%) e a recomendação de "comprar".


O banco de investimento estima que a instituição liderada por Miguel Maya reporte "resultados trimestrais sólidos", destacando a estimativa de uma nova queda no NPE ("non-performing exposures"), indicador que corresponde aos ativos (crédito e imóveis) não rentáveis.


Para o Deutsche Bank, o NPE é o indicador a estar atento nos resultados que o BCP vai apresentar a 9 de maio. E a expectativa é positiva, pois o banco de investimento espera que "depois do desempenho impressionante em 2018", este indicador volte a descer no primeiro trimestre, embora a um ritmo "mais normalizado".

Em 2018 o BCP desceu o NPE em 2,1 mil milhões de euros. No primeiro trimestre terá descido 450 milhões de euros para 5,08 mil milhões de euros, o que corresponde a uma queda de 8% face ao quarto trimestre de 2018 e de 29% contra o primeiro trimestre do ano passado.

Quanto à margem financeira, terá aumentado 7% em termos homólogos, para 368 milhões de euros. Os custos terão aumentado 11% para 273 milhões de euros e as receitas subido 6% para 569 milhões de euros.

 

Os lucros operacionais terão subido 1% em termos homólogos para 269 milhões de euros, enquanto os resultados líquidos terão ficado em 98 milhões de euros, um crescimento de 14% face ao período homólogo e mais do que duplicando o registado nos últimos três meses do ano passado (45 milhões de euros).

Na nota de research publicada na semana passada, o Deutsche Bank dá preferência aos bancos internacionais em Espanha (Santander e BBVA, que tal como o BCP também têm recomendação de "comprar"), em detrimento dos domésticos. Entre estes últimos, o CaixaBank (que controla o BPI) é o preferido, pelo que a recomendação também é de "comprar". Para o Bankinter, Sabadell e Bankia a recomendação é de "manter".  

Nota: A notícia não dispensa a consulta da nota de "research" emitida pela casa de investimento, que poderá ser pedida junto da mesma. O Negócios alerta para a possibilidade de existirem conflitos de interesse nalguns bancos de investimento em relação à cotada analisada, como participações no seu capital. Para tomar decisões de investimento deverá consultar a nota de "research" na íntegra e informar-se junto do seu intermediário financeiro.

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