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Apple vale cerca de 4 vezes mais do que o PIB português

A gigante tecnológica já vale mais de 800 mil milhões de dólares, valor que supera o PIB de 183 países.

Tim Cook a criar uma nova Apple: Acabou 2016 como o 11.º CEO do mundo em valor criado para os accionistas. O ano marca a tentativa do sucessor de Steve Jobs de deixar a sua marca na Apple. Apesar de o foco continuar nos aparelhos - foi lançado o iPhone 7 e o novo MacBook Pro -, a Apple já aposta a sério nos conteúdos (é a segunda maior fonte das suas receitas, que caíram pela primeira vez desde 2001) e aventura-se em áreas como o automóvel e a saúde. Pelo meio, a guerra política devido aos impostos - Bruxelas determinou que a Apple devolvesse à Irlanda 13 mil milhões de euros - continua a dar-lhe dores de cabeça.
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10 de Maio de 2017 às 11:45
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A Apple voltou a bater mais um recorde, desta vez superou os 800 mil milhões de dólares (cerca de 733,5 mil milhões de euros) pela primeira vez na sua história. A capitalização bolsista da gigante tecnológica, que passou ontem, dia 9 de Março, esta barreira é assim quase quatro vezes superior ao produto interno bruto (PIB) português. É maior do que o valor da Walmart, General Electric, Pfizer e Kraft Heinz todos juntos, de acordo com as contas do Financial Times.

Já o Wall Street Journal faz outra comparação esmagadora: a capitalização bolsista da Apple é superior ao PIB de 2015 de 183 dos 199 países considerados pelas estatísticas do Banco Mundial. É mais ou menos a riqueza criada anualmente no Irão e na Áustria, juntos.

 

As acções da empresa fundada por Steve Jobs valorizaram mais de 32% só desde o início do ano, e dispararam 68% face ao ano anterior. Uma acção da Apple vale cerca de 153 dólares.

 

O recente entusiasmo dos investidores com a tecnológica deve-se à expectativa criada em torno do lançamento de três novas versões do iPhone 8, que deverá ocorrer no Outono. A valorização deve-se ainda ao programa de recompra de acções, que na semana passada foi reforçado por Tim Cook, actual CEO da empresa. A empresa aumentou a sua política de retribuição aos accionistas em mais de 10%, uma estratégia que atraiu muitos investidores de peso, tais como Warren Buffett – que é agora o quarto maior accionista da gigante tecnológica, com 2,6% das acções da empresa.

  

Na passada segunda-feira, 8 de Maio, Brian White, analista da Dexel Hamilton, defendeu em declarações à Bloomberg que a Apple deverá em breve tornar-se na primeira tecnológica a valer um bilião de dólares. O analista acrescentou que as acções da empresa são das "menos valorizadas no mundo" em relação ao seu verdadeiro valor, e justifica esta alegada precaução dos investidores com receios relacionados com erros passados. Brian White acredita que lançamento do iPhone 8 - um produto "muito, muito, muito valioso" e com "uma base de consumidores muito leais" – vai fazer disparar (ainda mais) o valor da empresa.

 

A ascensão meteórica da Apple está, aliás relacionada essencialmente este produto estrela o iphone, lançado em 2007 - desde essa altura a Apple gerou um retorno de 870% para todos os que investiram nas suas acções.

 

Mas a Apple não é fenómeno único. Cinco das empresas mais valiosas do S&P 500 são tecnológicas. A Alphabet, dona da Google, tem uma capitalização bolsista de 652 mil milhões de dólares, enquanto a Microsoft que vale 530 mil milhões, a Amazon 451 mil milhões e o Facebook que 436 mil milhões de dólares.

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