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Acções espanholas brilham no arranque do ano
Será que depois da tempestade vem a bonança? Bolsa espanhola está a recuperar após a tomada de mais valias no final de 2017. Cellnex, Amadeus e Abertis estão em máximos históricos.
Doze dos 35 títulos que compõem o Ibex – o índice accionista de referência espanhol – estão em máximos de um ano. E muitos outros estão à beira de alcançar esse marco.
Embora a recta final de 2017 tenha sido marcada pela tomada de lucro na bolsa espanhola, devido à incerteza introduzida pelas tensões separatistas, o índice espanhol espanhol conseguiu recupera e superar-se. O Cinco Dias fez as contas e diz que nestas primeiras quatro semanas de 2018 o Ibex35 valorizou 5,6%, até aos 10.600 pontos.
O primeiro da lista é o Bankinter cujas acções fecharam ontem nos 8,68 euros, muito próximas dos máximos registados em 2000, quando tocaram 8,85 euros. O grupo, liderado por Maria Dolores Dancausa, anunciou ontem em quinta-feira, dia 25 de Janeiro, que em 2017 registou um lucro recorde o que poderá servir de argumento para prolongar a subida. Os analistas consultados pela Reuters aconselham cautela e dizem que não seria surpreendente que o Bankinter enfrente um processo de correcção no curto prazo. Os analistas recomendam, assim, manter a carteira e definir o preço-alvo em 8,03 euros por acção.
As acções da Cellnex Telecom foram o ano passado as que mais valorizaram entre as 35 empresas que compõem o índice. As disparar 56% entre Janeiro e Dezembro de 2017. Esta é umas acções apontadas pelos analistas como estrela para este ano. Neste arranque do ano, os títulos da empresa subiram 5,7%, uma valorização levaram as acções a bater máximos de sempre. A espanhola Cellnex tem vindo a efectuar aquisições em vários países e detém torres em vários países como Espanha, Itália, França e Suíça. No início desta semana a Bloomberg noticiou que a Cellnex Telecom está a analisar a possibilidade de avançar com uma proposta para a aquisição das torres de comunicação da Altice em Portugal.
A luta pelo controlo da empresa de auto-estradas espanhola Abertis entre a ACS - empresa de Florentino Perez - e a rival Atlantia fizeram com que os títulos da a concessionária espanhola tivessem disparado 40% ultrapassado os máximos históricos que tinham sido batidos em Outubro, aquando da apresentação de resultados. Os títulos da empresa já estão a negociar acima de 19 euros.
A Viscofan, empresa espanhola líder mundial na produção e distribuição produtos de carne, não escapa a esta tendência, os seus títulos estão a valer 56,95 euros. Uma subida de 205 em relação ao ano passado. O Bankinter escolheu a Viscofan como uma 20 acções que constam do seu portfólio com um peso de 3%. O mercado espera que os resultados do quarto trimestre do ano sirvam como um impulso para atingir os objectivos de aumentar as receitas entre 4% a 7%.
Com um aumento de 47% nos últimos 12 meses, as acções da Amadeus fecharam num máximo histórico terça-feira, 23 de Janeiro, nos 63,6 euros. A plataforma de reservas de viagens optou por diversificar o seu negócio. A Amadeus fornece soluções para a indústria de viagens e entre os clientes da empresa estão agora fornecedores (companhias aéreas, hotéis, companhias ferroviárias, linhas de ferry etc), distribuidores de produtos turísticos (agências e portais de viagens) e compradores de viagens (empresas e companhias de gestão de viagens). A 16 de Janeiro a empresa anunciou mais um acordo, desta vez com o El Corte Inglés Viagens para a comercialização da sua uma ferramenta integrada para a gestão online de reservas e despesas, específica para viagens de negócios.
O El País acrescenta que no sector financeiro são as acções do Sabadell e do CaixaBank que mais brilham. Ambos os bancos anunciaram no último semestre de 2017 sair de Barcelona. O Banco catalão Sabadell decidiu a mudança da sua sede social para Alicante, antecipando-se aos efeitos de uma possível declaração unilateral de independência do governo de Barcelona e o CaixaBank pondera a mudança para Palma de Maiorca. Depois desses tempos conturbados ambos os bancos estão a recuperar.
A Repsol ou ArcelorMittal, que estão a apanhar a boleia da recuperação de matérias-primas; Merlin e Colonial, representantes do imobiliário, que está a recuperar o brilho perdido durante nos anos da crise, bem como a companhia aérea IAG.