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Accionistas receberam valor recorde em dividendos

O valor dos dividendos bateu um máximo histórico a nível mundial: 1,3 biliões de dólares.

Mariana Adam marianaadam@negocios.pt 19 de Fevereiro de 2018 às 16:04

As empresas pagaram aos seus investidores um valor recorde o ano passado. Foram distribuídos pelas empresas a nível mundial dividendos de cerca de 1,3 biliões de dólares, avança na edição desta segunda-feira, dia 19 de Fevereiro, o Financial Times.

A recuperação económica nas principias economias globais, especialmente dos Estados Unidos, justifica este crescimento de 7,7% da remuneração accionista a nível mundial. A confiança dos empresários é outra das explicações para este aumento dos dividendos globais - que registou o crescimento mais rápido desde 2014.

O forte aumento dos dividendos nos Estados Unidos foi especialmente impulsionado em 2017 pelo sector bancário, que após anos de stress no rescaldo da crise financeira apostou no reforço dos rácios de capital. Nos Estados Unidos o pagamento de dividendos - sem remunerações extraordinárias - cresceu 6,3%, em 2017, ascendendo a 43,1 mil milhões de dólares. Um disparo em comparação com o aumento de 1,7% registado em 2016, ano em que foi condicionado pela incerteza das eleições presidenciais, na maior economia do mundo, que fez com que as empresas tenham sido conservadoras nos seus investimentos e distribuição de dividendos.

"Este valor é o resultado de os balanços dos bancos terem atingido finalmente níveis que deixam os reguladores satisfeitos, permitindo que os bancos voltem a aumentar dividendos", defende Alex Crooke afirmou ao FT Alex Crooke, director do departamento de Global Equity Income, da Janus Henderson. A banca dá indicações de que quer abdicar de parte destas reservas e aumentar a remuneração accionista. O Citigroup e o Goldman Sachs registaram já este ano os primeiros prejuízos em vários anos, penalizados pela reforma fiscal, mas asseguram que os resultados negativos não vão impedir os bancos de aumentar a remuneração accionista nos próximos anos. 

Mas onde os dividendos cresceram de forma mais rápida foi na Ásia. O ritmo de crescimento dos dividendos pagos pela empresas asiáticas ao seus accionistas atingiu 8,6% o que representou naquele mercado 139,9 mil milhões.

A Europa foi mais tímida, o crescimento do dividendos no Velho Continente subir 2,7%. Alex Crooke defende que não são, no entanto, problemas de crescimento ou confiança económica, mas sim problemas de acções específicas como a espanhola Telefónica, ou o grupo francês EDF.

O relatório da Janus Henderson defende que esta tendência veio para ficar e calcula para este ano um crescimento de 6,1% dos dividendos distribuídos pelas empresas aos seus accionistas a nível mundial.

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