"Muitos jovens em São Tomé e Príncipe pensam em emigrar e encontrar uma vida melhor", reconheceu Adalécio de Pina durante uma participação especial na segunda conferência de sustentabilidade organizada pelo Jornal de Negócios. No auditório da Católica Porto Business School, o imigrante partilhou, em conversa com a jornalista Daniela Polónia, como tomou a decisão e que apoio teve na regularização em Portugal.

Mas a história começa há mais de 18 meses, quando Adalécio soube por um colega que havia uma empresa portuguesa de transportes a recrutar trabalhadores da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP). "Respondi logo que sim, porque trabalhava numa empresa de camiões em São Tomé e sempre pensei em vir para Portugal. Apareceu esta oportunidade e aproveitei", diz de sorriso esboçado.

O processo de regularização foi relativamente "fácil", conta, uma vez que teve apoio da Transdev, o seu empregador, para tratar de todo o processo. Desde a chegada a Portugal, há cerca de ano e meio, Adalécio fixou-se em Aveiro, cidade para onde espera conseguir trazer o resto da sua família. "Desde que tenho família, nunca estive um dia sem eles", partilha.

A adaptação à cultura portuguesa tem sido natural, embora admita que, ao nível da gastronomia, ainda está em fase de habituação. "A nossa comida é quase toda natural e aqui não é bem assim", aponta.

A conversa com este imigrante da CPLP foi um dos momentos da segunda conferência de sustentabilidade organizada pelo Jornal de Negócios, desta feita dedicada ao pilar social e focada no mote "Educação, Imigração e Qualidade de Vida: Que caminhos?". O próximo evento acontece em fevereiro, em Cascais.