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A responsabilidade social das empresas, também conhecida como corporate social responsability (CSR), refere-se ao conceito de que uma empresa não deve apenas procurar gerar valor para os acionistas, mas também ser responsável por beneficiar a comunidade onde está inserida.
Embora o conceito exista há décadas, ganhou importância nos últimos anos, à medida que a Agenda 2030 das Nações Unidas se foi propagando e a própria sociedade começou a estar mais consciente de questões como o impacto das empresas nas comunidades, alterações climáticas, práticas laborais injustas, desigualdades sociais várias, etc.
Uma consciencialização que tem vindo a crescer "de forma lenta, mas firme e continuada", segundo Frederico Fezas Vital, diretor executivo do Católica Lisbon Yunus Social Innovation Center, plataforma que defende a atuação empresarial focada na sustentabilidade. Este movimento social assenta numa "transformação progressiva nos comportamentos e na definição das prioridades estratégicas, de pessoas e organizações, no sentido de uma maior assunção de responsabilidades no que concerne aos efeitos positivos e negativos das nossas ações e inações na comunidade que nos envolve", acrescenta Fezas Vital.
Há aqui outro ator que entra em cena para impulsionar as empresas a serem socialmente responsáveis: o regulador. A título de exemplo, desde 1 de fevereiro que as empresas com mais de 250 trabalhadores têm de cumprir uma quota mínima de integração de trabalhadores com deficiência. A obrigatoriedade vai estender-se a empresas com 75 a 100 trabalhadores em 2024. A integração da diversidade dentro de portas é, assim, outra forma de ser socialmente responsável. Tal como estar atento às condições sociais da sua força laboral. Esta assunção de responsabilidade social tem sido de tal forma crescente que a Harvard Business School estima que o número de empresas do índice S&P500 que publicam relatórios de responsabilidade social tenha passado de 20% em 2011 para 90% em 2019.
Ter uma atitude responsável perante a sociedade, alinhada com critérios ambientais, sociais e de governação (ESG, ‘na sigla em inglês), é assim cada vez mais percecionada como fundamental pelas empresas, inclusive pelas PME. Tal ficou claro também a nível nacional, com o primeiro relatório do Observatório dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, lançado em outubro, que mostrou que, em Portugal, 95% das grandes empresas e 77,7% das PME veem a sustentabilidade como uma oportunidade estratégica, no três pilares. Porém, a falta de conhecimento de como operacionalizar estratégias sociais e ambientais apresenta-se como a grande barreira para a adoção destes objetivos.
Neste cenário, são sobretudo as grandes empresas a guiarem o caminho e, em Portugal, essa regra não é exceção.
O que faz uma empresa ser socialmente responsável?
Partilhar com a sociedade parte do seu sucesso, através de múltiplas iniciativas. Galp, Lidl e CUF são exemplos de empresas que já assumiram a sua responsabilidade social, levando a cabo diversas ações.
A Galp, por exemplo, criou a área de Impacto Social que promove o alinhamento da empresa para gerar valor partilhado e é também responsável pela estratégia filantrópica da companhia e pela sua fundação. Com um investimento de mais de 36 milhões de euros em atividades nas áreas da educação, energia e apoio às emergências humanitárias, beneficia mais de 2 milhões de pessoas e 3.472 organizações em todas as geografias em que opera, sendo que 12,57 milhões foram investidos em Portugal. "A visão da Galp passa por se assumir como parceira das comunidades onde está presente, a parceira natural no caminho da transição energética e na criação de valor partilhado, numa jornada conjunta em direção à neutralidade carbónica, justa e solidária", explica Diogo Sousa, diretor de Comunicação e ávSocial da companhia petrolífera.
A empresa tem vários projetos de responsabilidade no terreno, de onde se destaca um pacote de apoio humanitário ao povo ucraniano no valor de 6,5 milhões de euros; a doação de 2,2 milhões de refeições a famílias portuguesas através da Rede de Emergência Alimentar; o programa Energia Solidária", que está a fazer chegar garrafas de gás a um universo de 70 mil famílias; premiando escolas com painéis solares para fazerem a transição energética; e entregando bolsas de estudo de licenciatura e mestrado a alunos de mérito das comunidades em que opera.
Na área da saúde, a CUF é um exemplo de empresa socialmente responsável desde o início, na medida em que os seus serviços foram criados para servir a comunidade de trabalhadores e familiares da então Companhia União Fabril. Hoje, a responsabilidade social corporativa continua a ser "muito relevante e é parte integrante da sua estratégia, sendo transversal a toda a organização", refere Mariana Ribeiro Ferreira, diretora de Cidadania Empresarial da CUF.
À semelhança da Galp, também a CUF procura agregar na sua cadeia de valor "stakeholders" que cumpram requisitos ambientais e sociais. "No que diz respeito aos fornecedores, estamos a começar a desenvolver o trabalho em ‘procurement’ sustentável ao integrar critérios ESG na seleção dos mesmos, e atualmente já recolhemos informação não financeira dos fornecedores para o relato corporativo da CUF, o que naturalmente cria ‘awareness’ e envolvimento para o tema", explica a diretora.
Em termos práticos, a sua intervenção social passa por várias iniciativas, como sejam a capacitação de cuidadores informais naquele que é o primeiro Título de Impacto Social na área da saúde desenvolvido em Portugal; o cofinanciamento de um programa de capacitação em gestão de entidades da economia social nos territórios em que exerce a sua atividade; o incentivo aos colaboradores à prática de voluntariado, disponibilizando 40 horas anuais sem perda de remuneração para este efeito; ou desenvolvendo projetos piloto na área de educação para a saúde, como seja um jogo gratuito para alunos de escolas públicas dos concelhos de Lisboa, Loures, Sintra e Almada.
Nos últimos dois anos, a CUF também organizou 13 ações de voluntariado corporativo na área ambiental e social com a participação de colaboradores. Internamente, os colaboradores também beneficiam de diferentes apoios, como seja aconselhamento em diferentes áreas, bolsas de estudo, cabazes, etc., na lógica de que a intervenção social deve começar dentro de portas.
Uma área onde a intervenção social é das mais visíveis é na do retalho alimentar, sobretudo pela canalização de produtos alimentares para organizações de apoio. Mas não só. Para o Lidl, a sustentabilidade "faz parte do seu ADN" e está impregnada em toda a empresa. "Todos estão envolvidos de alguma forma neste pilar estratégico, desde os colaboradores de loja com o seu trabalho do dia-a-dia a separar resíduos e a cuidar dos produtos que serão doados a instituições sociais, até ao nosso CEO e comité de direção, que definem os recursos que devemos utilizar para atingirmos as nossas metas", refere o departamento de comunicação corporativa do Lidl Portugal. "A estratégia de responsabilidade social, apelidada de "Mais Lidl", responde e demonstra o compromisso da empresa em fazer negócio com responsabilidade ambiental e social, através de três eixos suportados por objetivos para criação de valor para a economia, para as pessoas e para o planeta", acrescenta.
A cadeia tem uma forte ação na área ambiental, nomeadamente com iniciativas e metas para reduzir o plástico nas embalagens e o desperdício alimentar. Por exemplo, ajuda na redução do desperdício promovendo a venda de produtos no último dia de validade, reduzindo o preço dos mesmos em 50%, com benefícios para os consumidores e planeta.
Além disso, através do projeto Realimenta, o Lidl doou um total de 3,7 mil toneladas de bens alimentares em 2022, impactando um total de 330 mil pessoas. Muitas sobras alimentares são ainda convertidas em ração animal. A cadeia tem também um papel ativo na sensibilização dos clientes e, com o apoio da Direção-Geral de Educação e da Direção-Geral da Saúde tem levado a cabo programas nas escolas de 1.º ciclo, com o objetivo de sensibilizar os mais novos para a importância de estilos de vida sustentáveis. Este projeto já impactou mais de 128.000 crianças em 955 escolas nacionais.
Estes são três exemplos de grandes empresas. Mas ser socialmente responsável não está circunscrito a empresas com capacidade financeira. Para Frederico Fezas Vital, "na dimensão da sustentabilidade e responsabilidade social, talvez o maior dos mitos que urge eliminar é o de que ser sustentável e responsável implica grandes investimentos e que, por isso, é uma preocupação que só empresas de grande dimensão têm capacidade de suportar". Apesar de muitas iniciativas implicarem investimentos, "também é verdade que a sustentabilidade começa na consciência da importância que os micro hábitos e micro comportamentos têm para a sustentabilidade dos negócios". Por isso, "mais do que grandes mudanças, interessa mudar o ponto de vista, a mentalidade", refere. Desta forma, mesmo que em menor escala, impacta-se a a comunidade onde a empresa está inserida.
Embora o conceito exista há décadas, ganhou importância nos últimos anos, à medida que a Agenda 2030 das Nações Unidas se foi propagando e a própria sociedade começou a estar mais consciente de questões como o impacto das empresas nas comunidades, alterações climáticas, práticas laborais injustas, desigualdades sociais várias, etc.
Uma consciencialização que tem vindo a crescer "de forma lenta, mas firme e continuada", segundo Frederico Fezas Vital, diretor executivo do Católica Lisbon Yunus Social Innovation Center, plataforma que defende a atuação empresarial focada na sustentabilidade. Este movimento social assenta numa "transformação progressiva nos comportamentos e na definição das prioridades estratégicas, de pessoas e organizações, no sentido de uma maior assunção de responsabilidades no que concerne aos efeitos positivos e negativos das nossas ações e inações na comunidade que nos envolve", acrescenta Fezas Vital.
Chegámos a um ponto em que a responsabilidade não é uma vantagem competitiva, mas uma necessidade de sobrevivência. Frederico Fezas Vital
Diretor executivo do Católica Lisbon Yunus Social Innovation Center
Esta maior consciencialização tem levado as empresas a reorientar a sua atuação e a abraçar práticas de responsabilidade social, criando inclusive direções encarregues da sua implementação. É agora exigido às empresas que deem retorno pelos benefícios que têm recebido. "A sociedade tem de beneficiar da existência e do papel que as empresas têm na evolução da sociedade, na justa medida do que dela retira. É um movimento sem retorno", refere o também empreendedor social, acrescentando que "já não é uma questão de vantagem ou desvantagem, chegámos a um ‘tipping point’ a partir do qual a responsabilidade não é uma vantagem competitiva, mas uma necessidade de sobrevivência". Diretor executivo do Católica Lisbon Yunus Social Innovation Center
Há aqui outro ator que entra em cena para impulsionar as empresas a serem socialmente responsáveis: o regulador. A título de exemplo, desde 1 de fevereiro que as empresas com mais de 250 trabalhadores têm de cumprir uma quota mínima de integração de trabalhadores com deficiência. A obrigatoriedade vai estender-se a empresas com 75 a 100 trabalhadores em 2024. A integração da diversidade dentro de portas é, assim, outra forma de ser socialmente responsável. Tal como estar atento às condições sociais da sua força laboral. Esta assunção de responsabilidade social tem sido de tal forma crescente que a Harvard Business School estima que o número de empresas do índice S&P500 que publicam relatórios de responsabilidade social tenha passado de 20% em 2011 para 90% em 2019.
Ter uma atitude responsável perante a sociedade, alinhada com critérios ambientais, sociais e de governação (ESG, ‘na sigla em inglês), é assim cada vez mais percecionada como fundamental pelas empresas, inclusive pelas PME. Tal ficou claro também a nível nacional, com o primeiro relatório do Observatório dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, lançado em outubro, que mostrou que, em Portugal, 95% das grandes empresas e 77,7% das PME veem a sustentabilidade como uma oportunidade estratégica, no três pilares. Porém, a falta de conhecimento de como operacionalizar estratégias sociais e ambientais apresenta-se como a grande barreira para a adoção destes objetivos.
Neste cenário, são sobretudo as grandes empresas a guiarem o caminho e, em Portugal, essa regra não é exceção.
O que faz uma empresa ser socialmente responsável?
Partilhar com a sociedade parte do seu sucesso, através de múltiplas iniciativas. Galp, Lidl e CUF são exemplos de empresas que já assumiram a sua responsabilidade social, levando a cabo diversas ações.
A Galp, por exemplo, criou a área de Impacto Social que promove o alinhamento da empresa para gerar valor partilhado e é também responsável pela estratégia filantrópica da companhia e pela sua fundação. Com um investimento de mais de 36 milhões de euros em atividades nas áreas da educação, energia e apoio às emergências humanitárias, beneficia mais de 2 milhões de pessoas e 3.472 organizações em todas as geografias em que opera, sendo que 12,57 milhões foram investidos em Portugal. "A visão da Galp passa por se assumir como parceira das comunidades onde está presente, a parceira natural no caminho da transição energética e na criação de valor partilhado, numa jornada conjunta em direção à neutralidade carbónica, justa e solidária", explica Diogo Sousa, diretor de Comunicação e ávSocial da companhia petrolífera.
A empresa tem vários projetos de responsabilidade no terreno, de onde se destaca um pacote de apoio humanitário ao povo ucraniano no valor de 6,5 milhões de euros; a doação de 2,2 milhões de refeições a famílias portuguesas através da Rede de Emergência Alimentar; o programa Energia Solidária", que está a fazer chegar garrafas de gás a um universo de 70 mil famílias; premiando escolas com painéis solares para fazerem a transição energética; e entregando bolsas de estudo de licenciatura e mestrado a alunos de mérito das comunidades em que opera.
A responsabilidade social é um valor e um propósito transversal a toda a atividade. Isso pressupõe melhorar as nossas práticas. Diogo Sousa
Diretor de Comunicação e Impacto Social da Galp
Mas a sua ação social não se esgota na sua atividade, procurando contagiar a própria cadeia de valor. "A responsabilidade social empresarial é um valor e um propósito transversal a toda a atividade da empresa. Isso pressupõe melhorar sistematicamente as nossas práticas, reforçando os mecanismos de compliance, de "procurement" e de gestão sustentável da nossa cadeia de valor", refere Diogo Sousa. E exemplifica: "Damos formação aos parceiros externos sobre políticas de segurança e são feitos inquéritos aos fornecedores aferindo o grau de alinhamento com a política de ‘procurement’ sustentável da Galp".Diretor de Comunicação e Impacto Social da Galp
Na área da saúde, a CUF é um exemplo de empresa socialmente responsável desde o início, na medida em que os seus serviços foram criados para servir a comunidade de trabalhadores e familiares da então Companhia União Fabril. Hoje, a responsabilidade social corporativa continua a ser "muito relevante e é parte integrante da sua estratégia, sendo transversal a toda a organização", refere Mariana Ribeiro Ferreira, diretora de Cidadania Empresarial da CUF.
A CUF assume o posicionamento de uma empresa responsável, cidadãe preocupada com as comunidades onde está inserida. Mariana Ribeiro Ferreira
Diretora de Cidadania Empresarial da CUF
"Com esta orientação para o desenvolvimento sustentável, a CUF assume o posicionamento de uma empresa responsável, cidadã e preocupada com as comunidades onde está inserida, consciente de que a medida de avaliação do seu sucesso não é, apenas, a maximização do lucro", acrescenta Mariana Ribeiro Ferreira. Diretora de Cidadania Empresarial da CUF
À semelhança da Galp, também a CUF procura agregar na sua cadeia de valor "stakeholders" que cumpram requisitos ambientais e sociais. "No que diz respeito aos fornecedores, estamos a começar a desenvolver o trabalho em ‘procurement’ sustentável ao integrar critérios ESG na seleção dos mesmos, e atualmente já recolhemos informação não financeira dos fornecedores para o relato corporativo da CUF, o que naturalmente cria ‘awareness’ e envolvimento para o tema", explica a diretora.
Em termos práticos, a sua intervenção social passa por várias iniciativas, como sejam a capacitação de cuidadores informais naquele que é o primeiro Título de Impacto Social na área da saúde desenvolvido em Portugal; o cofinanciamento de um programa de capacitação em gestão de entidades da economia social nos territórios em que exerce a sua atividade; o incentivo aos colaboradores à prática de voluntariado, disponibilizando 40 horas anuais sem perda de remuneração para este efeito; ou desenvolvendo projetos piloto na área de educação para a saúde, como seja um jogo gratuito para alunos de escolas públicas dos concelhos de Lisboa, Loures, Sintra e Almada.
Nos últimos dois anos, a CUF também organizou 13 ações de voluntariado corporativo na área ambiental e social com a participação de colaboradores. Internamente, os colaboradores também beneficiam de diferentes apoios, como seja aconselhamento em diferentes áreas, bolsas de estudo, cabazes, etc., na lógica de que a intervenção social deve começar dentro de portas.
Uma área onde a intervenção social é das mais visíveis é na do retalho alimentar, sobretudo pela canalização de produtos alimentares para organizações de apoio. Mas não só. Para o Lidl, a sustentabilidade "faz parte do seu ADN" e está impregnada em toda a empresa. "Todos estão envolvidos de alguma forma neste pilar estratégico, desde os colaboradores de loja com o seu trabalho do dia-a-dia a separar resíduos e a cuidar dos produtos que serão doados a instituições sociais, até ao nosso CEO e comité de direção, que definem os recursos que devemos utilizar para atingirmos as nossas metas", refere o departamento de comunicação corporativa do Lidl Portugal. "A estratégia de responsabilidade social, apelidada de "Mais Lidl", responde e demonstra o compromisso da empresa em fazer negócio com responsabilidade ambiental e social, através de três eixos suportados por objetivos para criação de valor para a economia, para as pessoas e para o planeta", acrescenta.
A cadeia tem uma forte ação na área ambiental, nomeadamente com iniciativas e metas para reduzir o plástico nas embalagens e o desperdício alimentar. Por exemplo, ajuda na redução do desperdício promovendo a venda de produtos no último dia de validade, reduzindo o preço dos mesmos em 50%, com benefícios para os consumidores e planeta.
Além disso, através do projeto Realimenta, o Lidl doou um total de 3,7 mil toneladas de bens alimentares em 2022, impactando um total de 330 mil pessoas. Muitas sobras alimentares são ainda convertidas em ração animal. A cadeia tem também um papel ativo na sensibilização dos clientes e, com o apoio da Direção-Geral de Educação e da Direção-Geral da Saúde tem levado a cabo programas nas escolas de 1.º ciclo, com o objetivo de sensibilizar os mais novos para a importância de estilos de vida sustentáveis. Este projeto já impactou mais de 128.000 crianças em 955 escolas nacionais.
Estes são três exemplos de grandes empresas. Mas ser socialmente responsável não está circunscrito a empresas com capacidade financeira. Para Frederico Fezas Vital, "na dimensão da sustentabilidade e responsabilidade social, talvez o maior dos mitos que urge eliminar é o de que ser sustentável e responsável implica grandes investimentos e que, por isso, é uma preocupação que só empresas de grande dimensão têm capacidade de suportar". Apesar de muitas iniciativas implicarem investimentos, "também é verdade que a sustentabilidade começa na consciência da importância que os micro hábitos e micro comportamentos têm para a sustentabilidade dos negócios". Por isso, "mais do que grandes mudanças, interessa mudar o ponto de vista, a mentalidade", refere. Desta forma, mesmo que em menor escala, impacta-se a a comunidade onde a empresa está inserida.