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São sete os pilares em que as cidades do futuro se vão escorar num futuro imaginado a dez anos num exercício de resposta à emergência climática.
Uso de menos água
"Vamos certamente reutilizar mais a água que precisamos, as estações de tratamento de água vão passar a ser fábricas de água que vai ser reintroduzida no consumo. Por isso, vamos captar menos água que também está menos disponível por falta de chuva e de escoamento superficial", afirmou Nuno Lacasta.
Redesenho da mobilidade
Considera que na mobilidade em Portugal se tem um atraso de 20 anos, mas estão a ser dados passos no sentido de uma outra mobilidade. "Vamos precisar de mais material, mais investimentos, melhores interfaces, incluindo mobilidade suave e passes integrados como estes, só para dar alguns exemplos".
Mais separação e mais reciclagem
Segundo Nuno Lacasta, "Portugal tem vindo a marcar passo em termos de políticas de resíduos, na última década, depois de uma primeira fase muito, muito dinâmica". Defende que se tem de aumentar a separação dos resíduos em casa e começar a separar os resíduos orgânicos. "Temos aliás de o fazer, de acordo com metas comunitárias, porque hoje depositamos ainda 33% de resíduos em aterro e só vamos poder depositar no máximo 10% no final desta década."
Digitalização
As ferramentas digitais ajudarão nas decisões como consumidores e como gestores. "Haverá uma gestão preditiva de sistemas para poder decidir mais cedo, e auxiliar na gestão da procura de eletricidade, na mobilidade. No fundo, vamos passar a conseguir a água mais gota a gota, ou a energia, eletrão a eletrão".
Energia
Há duas grandes frentes, que se cruzam em que haverá mudanças significativas na próxima década. A eficiência energética, em que os prédios têm de ter painéis solares a escala como nunca tiveram. Ao preço que hoje se encontram o papel no financiamento é crucial para a sua expansão, afirma Nuno Lacasta. Admite que houve algumas experiências que funcionaram menos bem no passado, mas agora é necessário de ter muito mais painéis solares e água quente solar nos edifícios. Refere que também se tem de aumentar a autoprodução de energia.
Construção
Para Nuno Lacasta tem de haver uma profunda mudança na cadeia de valor de construção e da remodelação urbana. "Tem de ser mais circular, reaproveitar e reutilizar materiais de forma muito mais expressiva. As entidades públicas têm uma relevante nesta mudança e através do poder de compra podem influenciar as cadeias de valor. Temos de aproveitar mais zonas existentes, em vez de estar sempre a reclamar mais território, para se concentrar as zonas urbanas em vez de continuar a expandir".
António Almeida Henriques disse que em sete anos como presidente da Câmara Municipal de Viseu, só fez um edifício novo, que foi uma escola, o restante foi reabilitação. "Tenho procurado utilizar os edifícios que muitas vezes estão espalhados pela cidade e que se querem deitar abaixo para depois se voltar a construir. O que é errado, até porque é mais caro e, do ponto de vista ambiental, deixa muito a desejar."
Adaptação
"Os impactos da mudança do clima são severos, num país como o nosso, particularmente exposto, temos de redesenhar as cidades para efeitos de gestão e prevenção de cheias. Temos de ter muito mais zonas verdes, algumas das quais até servem para fazer atenuar os efeitos de cheia. Se é certo que vamos ter menos chuva, vamos ter com toda a certeza períodos curtos de chuva muito mais intensa e vamos ter finalmente de pensar muito bem no futuro, onde construir", assinalou Nuno Lacasta.
Uso de menos água
"Vamos certamente reutilizar mais a água que precisamos, as estações de tratamento de água vão passar a ser fábricas de água que vai ser reintroduzida no consumo. Por isso, vamos captar menos água que também está menos disponível por falta de chuva e de escoamento superficial", afirmou Nuno Lacasta.
Redesenho da mobilidade
Considera que na mobilidade em Portugal se tem um atraso de 20 anos, mas estão a ser dados passos no sentido de uma outra mobilidade. "Vamos precisar de mais material, mais investimentos, melhores interfaces, incluindo mobilidade suave e passes integrados como estes, só para dar alguns exemplos".
Mais separação e mais reciclagem
Segundo Nuno Lacasta, "Portugal tem vindo a marcar passo em termos de políticas de resíduos, na última década, depois de uma primeira fase muito, muito dinâmica". Defende que se tem de aumentar a separação dos resíduos em casa e começar a separar os resíduos orgânicos. "Temos aliás de o fazer, de acordo com metas comunitárias, porque hoje depositamos ainda 33% de resíduos em aterro e só vamos poder depositar no máximo 10% no final desta década."
Digitalização
As ferramentas digitais ajudarão nas decisões como consumidores e como gestores. "Haverá uma gestão preditiva de sistemas para poder decidir mais cedo, e auxiliar na gestão da procura de eletricidade, na mobilidade. No fundo, vamos passar a conseguir a água mais gota a gota, ou a energia, eletrão a eletrão".
Energia
Há duas grandes frentes, que se cruzam em que haverá mudanças significativas na próxima década. A eficiência energética, em que os prédios têm de ter painéis solares a escala como nunca tiveram. Ao preço que hoje se encontram o papel no financiamento é crucial para a sua expansão, afirma Nuno Lacasta. Admite que houve algumas experiências que funcionaram menos bem no passado, mas agora é necessário de ter muito mais painéis solares e água quente solar nos edifícios. Refere que também se tem de aumentar a autoprodução de energia.
Construção
Para Nuno Lacasta tem de haver uma profunda mudança na cadeia de valor de construção e da remodelação urbana. "Tem de ser mais circular, reaproveitar e reutilizar materiais de forma muito mais expressiva. As entidades públicas têm uma relevante nesta mudança e através do poder de compra podem influenciar as cadeias de valor. Temos de aproveitar mais zonas existentes, em vez de estar sempre a reclamar mais território, para se concentrar as zonas urbanas em vez de continuar a expandir".
António Almeida Henriques disse que em sete anos como presidente da Câmara Municipal de Viseu, só fez um edifício novo, que foi uma escola, o restante foi reabilitação. "Tenho procurado utilizar os edifícios que muitas vezes estão espalhados pela cidade e que se querem deitar abaixo para depois se voltar a construir. O que é errado, até porque é mais caro e, do ponto de vista ambiental, deixa muito a desejar."
Adaptação
"Os impactos da mudança do clima são severos, num país como o nosso, particularmente exposto, temos de redesenhar as cidades para efeitos de gestão e prevenção de cheias. Temos de ter muito mais zonas verdes, algumas das quais até servem para fazer atenuar os efeitos de cheia. Se é certo que vamos ter menos chuva, vamos ter com toda a certeza períodos curtos de chuva muito mais intensa e vamos ter finalmente de pensar muito bem no futuro, onde construir", assinalou Nuno Lacasta.