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Gabriela Figueiredo Dias, presidente executiva do Conselho de Normas Éticas Internacionais para Contabilistas (IESBA, sigla em inglês), entidade que se dedica ao desenvolvimento de padrões de conduta para os profissionais que preparam os reportes de empresas e organizações, considera que "não é possível fazer a transição sem a adequada comunicação e informação, reporte, conhecimento e interação entre as pessoas".
A keynote speaker do painel "Comunicar a sustentabilidade - em busca de rigor e transparência" destacou a convergência de desafios que têm vindo a pressionar o mundo, gerando uma "crise de confiança gravíssima e com impactos muito grandes, não só nos investidores, mas no público, na comunidade, nos stakeholders em geral".
No contexto das organizações, considerou que todas as formas de comunicação têm um papel fundamental na sua dimensão externa. "É um fator de alavancagem da reputação, de alavancagem da própria produtividade, de criação de valor, de criação de confiança dos stakeholders na organização, na sua forma de funcionamento e na sua capacidade de criar valor para a comunidade", sublinhou.
Mas para Gabriela Figueiredo Dias, a comunicação tem também impactos elevados a nível interno, na medida em que contribui para "a criação de uma cultura forte em torno de valores e de objetivos". A informação interna permite ainda a criação de uma "cultura robusta de ética em torno das melhores práticas e permite o reconhecimento individual de cada elemento dentro de uma organização", reforça a presidente executiva do IESBA.
Na conferência do Negócios sobre governação, que decorreu a 18 de janeiro no Centro Cultural de Cascais, a keynote speaker sublinhou que não se trata só de uma questão de relações públicas ou marketing, "é uma questão de o impacto que pretendemos produzir através da adoção de práticas sustentáveis e eticamente relevantes se traduzir depois em formas de criação de valor, porque são incorporadas pelos outros".
Com os objetivos ESG, a necessidade e a obrigatoriedade de reportar aumentaram bastante, afetando a governação das organizações, introduzindo, muitas vezes "a necessidade de avaliar, de repensar, de estruturar adequadamente um conjunto de áreas da empresa, da organização ou da instituição", destacou.
Perante tal exigência, e focando-se sobretudo nos contabilistas e auditores, Gabriela Figueiredo Dias defendeu que a informação sobre sustentabilidade que é preparada pelas empresas e depois auditada deve ser "elaborada de acordo com os mais sólidos critérios técnicos e éticos de conduta - e daí os padrões que é necessário desenvolver nesta matéria - e é necessário que ela seja auditada, confirmada, verificada por entidades externas com base em padrões técnicos e éticos igualmente robustos e sólidos. É isso que nós queremos fazer", finalizou.
A keynote speaker do painel "Comunicar a sustentabilidade - em busca de rigor e transparência" destacou a convergência de desafios que têm vindo a pressionar o mundo, gerando uma "crise de confiança gravíssima e com impactos muito grandes, não só nos investidores, mas no público, na comunidade, nos stakeholders em geral".
A comunicação, a informação e o reporte cumprem um papel fundamental para as organizações e para este propósito mais amplo de alavancar as propostas da sustentabilidade. Gabriela Figueiredo Dias
Presidente executiva do Conselho de Normas Éticas Internacionais para Contabilistas
Neste contexto, "que tem um preço elevadíssimo", é necessário atuar "para garantir o adequado funcionamento do sistema económico e o desenvolvimento equilibrado de todo o sistema social", referiu. E aqui friso que "a comunicação, a informação e o reporte cumprem um papel fundamental para as organizações e para este propósito mais amplo de alavancar as propostas da sustentabilidade".Presidente executiva do Conselho de Normas Éticas Internacionais para Contabilistas
No contexto das organizações, considerou que todas as formas de comunicação têm um papel fundamental na sua dimensão externa. "É um fator de alavancagem da reputação, de alavancagem da própria produtividade, de criação de valor, de criação de confiança dos stakeholders na organização, na sua forma de funcionamento e na sua capacidade de criar valor para a comunidade", sublinhou.
Mas para Gabriela Figueiredo Dias, a comunicação tem também impactos elevados a nível interno, na medida em que contribui para "a criação de uma cultura forte em torno de valores e de objetivos". A informação interna permite ainda a criação de uma "cultura robusta de ética em torno das melhores práticas e permite o reconhecimento individual de cada elemento dentro de uma organização", reforça a presidente executiva do IESBA.
Na conferência do Negócios sobre governação, que decorreu a 18 de janeiro no Centro Cultural de Cascais, a keynote speaker sublinhou que não se trata só de uma questão de relações públicas ou marketing, "é uma questão de o impacto que pretendemos produzir através da adoção de práticas sustentáveis e eticamente relevantes se traduzir depois em formas de criação de valor, porque são incorporadas pelos outros".
Com os objetivos ESG, a necessidade e a obrigatoriedade de reportar aumentaram bastante, afetando a governação das organizações, introduzindo, muitas vezes "a necessidade de avaliar, de repensar, de estruturar adequadamente um conjunto de áreas da empresa, da organização ou da instituição", destacou.
Perante tal exigência, e focando-se sobretudo nos contabilistas e auditores, Gabriela Figueiredo Dias defendeu que a informação sobre sustentabilidade que é preparada pelas empresas e depois auditada deve ser "elaborada de acordo com os mais sólidos critérios técnicos e éticos de conduta - e daí os padrões que é necessário desenvolver nesta matéria - e é necessário que ela seja auditada, confirmada, verificada por entidades externas com base em padrões técnicos e éticos igualmente robustos e sólidos. É isso que nós queremos fazer", finalizou.