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Diretora financeira da EDP: "Quem emite green bonds tem vantagem em termos de custo de financiamento"

As finanças sustentáveis são um aspeto crítico para incentivar e acompanhar as empresas na implementação de uma estratégia de sustentabilidade.

Negócios 21 de Outubro de 2021 às 20:37
Paula Guerra, diretora financeira da EDP
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Na talk "Finanças Sustentáveis – Boas práticas compensam", organizada pelo Jornal de Negócios no âmbito da iniciativa Negócios Sustentabilidade 20|30, Paula Guerra, diretora financeira da EDP, refere que "na EDP este caminho começou de uma forma um pouco invertida. O plano de sustentabilidade da EDP antecedeu a estratégia de finanças sustentáveis do Grupo EDP. O grupo há muito que se centra nas energias renováveis, pelo setor em que se encontra e pelas características da própria EDP."

No século passado, a elétrica foi um dos grandes investidores em energia hídrica, no início deste milénio, apostaram nas energias eólicas e, mais recentemente, no solar e agora começa a entrar na fileira do hidrogénio. "Tem sido um crescendo a nível da sustentabilidade", diz Paula Guerra, referindo que a parte das finanças sustentáveis acabou por nascer como uma consequência e um apoio desta política de sustentabilidade. "Fizemos a nossa primeira emissão de obrigações verdes em outubro de 2018. Nesse sentido não fomos pioneiros nesta caminhada, mas é algo que encaixa perfeitamente e que hoje faz parte da génese do grupo. Desde outubro de 2018, todas as nossas emissões têm sido verdes e focadas no financiamento de projetos eólicos e solares, que é aquilo em que o grupo tem vindo a apostar."


Quando a EDP emitiu o seu primeiro green bond, a vantagem desta emissão era dar a conhecer melhor aos investidores em mercado a estratégia de sustentabilidade. Não esperavam que resultasse qualquer ganho financeiro ou custo menor. Desde essa data, o mercado tem vindo a alterar-se e a evoluir substancialmente. "Este ano, todas as emissões sustentáveis já ultrapassaram os 300 mil milhões de euros. Nos três primeiros trimestres de 2021, ultrapassaram mais do dobro da totalidade de 2020. Aquilo que reparámos é que quem emite green bonds tem vantagem em termos de custo de financiamento e, no futuro, quem não fizer este tipo de emissões ou quem não recorra a este tipo de instrumentos ligados à sustentabilidade poderá ser penalizado."

 

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