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Programa Blue Bio Value angariou 22,8 milhões de euros para acelerar economia azul

Cerca de 57% das startups participantes já têm produtos ou soluções prontas para entrar no mercado, abrangendo áreas como alimentação, rações, cosmética e embalagens.

09 de Dezembro de 2024 às 14:46
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O programa Blue Bio Value (BBV) acelerou 96 startups de 31 países nos seus primeiros seis anos de atividade, tendo conseguido angariar 22,8 milhões de euros em capital. Neste período, foram geradas 6,7 milhões de euros de receitas e criados pelas startups participantes 299 postos de trabalho a tempo inteiro.

 

Entre os projetos desenvolvidos, 57% das startups já têm produtos ou soluções prontas para entrar no mercado, abrangendo áreas como alimentação, rações, cosmética e embalagens. E 38% promovem práticas de desperdício zero e 33% contribuem para a redução das emissões de gases com efeito de estufa, alinhadas com os objetivos de descarbonização.

 

Os dados são avançados pelo programa promovido pela Fundação Oceano Azul, em parceria com a BlueBio Alliance e implementado em colaboração com a Maze Impact, na altura em que foram conhecidos os novos vendedores dos programas de aceleração e de ideação do BBV.

 

A americana Everything Seaweed, a britânica Deep Blue Biotech e a canadiana PhyCo são as vencedoras do programa de Aceleração Blue Bio Value, que acelera startups presentes na cadeia de valor dos biorrecursos marinhos, promovendo a interação destes negócios no ecossistema da Bioeconomia Azul.

 

A startup Everything Seaweed, dos Estados Unidos da América, utiliza algas para desenvolver um novo material biodegradável, que impermeabiliza produtos de papel, uma alternativa aos PFAS, os chamados "químicos eternos", e outros sintéticos nocivos para o ambiente e para a saúde humana.

 

A Deep Bluebiotech, da Grã-Bretanha, utiliza cianobactérias e recorre à inteligência artificial para desenvolver cosméticos sem origem em combustíveis-fósseis. Um dos seus primeiros produtos é substituto do ácido hialurónico, muito utilizado na cosmética.

 

A PhyCo, do Canadá, trabalha em parceria com comunidades locais para transformar algas cultivadas num bioplástico substituto do polietileno. Este composto, destinado à indústria agrícola, é sustentável por ser compostável e não ter origem no petróleo, explica a organização do programa.

 

Os vencedores do programa de aceleração beneficiarão de um prémio total de 45.000 €, destinado a impulsionar a expansão das suas soluções no mercado global.

 

No campo da ideação, os vencedores do Blue Bio Value 2024 são a MarineBioTex, que desenvolve matérias-primas para a indústria têxtil a partir de biorrecursos marinhos, produzindo soluções sustentáveis para tingimento e revestimento numa indústria com enormes desafios de sustentabilidade. E a PhycoFerm, que produz biomassa para os setores alimentar e nutracêutico, através da otimização da produção de microalgas e de processos de fermentação.

 

O programa Ideação do Blue Bio Value facilita a transição de projetos da academia para o mercado.

 

 

 

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