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Paulo Campos Costa: “A comunicação sustentável exige clareza e falar verdade”

A EDP é líder há doze anos na categoria de utilities no Dow Jones Sustainability Index. “Temos muitos case studies ao longo dos anos, mas o importante é a marca, a pegada que deixamos”, salienta Paulo Campos Costa.

30 de Outubro de 2020 às 14:30
Paulo Campos Costa enfatizou a importância da clareza da mensagem e a necessidade de falar verdade.
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"Sermos transversais em tantas geografias dá-nos uma responsabilidade acrescida em tudo o que fazemos", enunciou Paulo Campos Costa, diretor de comunicação, marca e marketing da EDP. A EDP é uma marca global que está em 19 países e tudo o que fazemos tem de impactar nesses países, como em Lisboa em que se fez um novo museu para a cidade e todos os portugueses, e o apoio à reconstrução do Museu da Língua no Brasil que sofreu um incêndio.

Acrescentou que há doze anos "fizemos um vídeo com uma criança, depois de casting entre filhos dos nossos colaboradores em que dizíamos que o mundo está nas nossas mãos e que a cada um de nós compete fazer a sua parte".

"Quando falamos em comunicação sustentável, uma das coisas mais importantes que existem é a clareza na mensagem, o falar verdade, não dizer coisas só para parecer bem. Estamos há sete anos a investir em energia solar, quando esta tecnologia ficou madura, e há 12 anos entrámos nas energias renováveis e hoje somos líderes mundiais nas renováveis, mas há 43 anos que apostamos nas energias hídricas", sublinhou Paulo Campos Costa.

Há um conjunto de valores em que assenta a marca e os reconhecimentos que validam uma estratégia. A EDP é líder há doze anos na categoria de utilities no índice Dow Jones Sustainability. "Temos muitos case studies ao longo dos anos, mas o importante é a marca, a pegada que deixamos", salienta Paulo Campos Costa.

Destacou a ação no Campo de Refugiados de Kakuma no Quénia que, por estar numa zona remota, não era servido pela rede nacional de eletricidade. Foi um projeto inédito à escala mundial, que foi apresentado na 5.ª conferência anual da Clinton Global Initiative, em Nova Iorque, em setembro de 2009 porque teve um impacto direto na vida de 6 mil pessoas e indiretamente mais de 70 mil.

Luz para todos

"Foi uma das referências mundiais para que as pessoas possam ter água, luz, eletricidade. Estive em Kakuma e vi arcas frigoríficas nas ruas mas desligadas, as mulheres eram violadas quando se deslocavam para ir buscar água e o grupo de trabalho na EDP conseguiu levar energia a essas pessoas. Temos uma aldeia solar em Moçambique, projetos na Amazónia", contou Paulo Campos Costa. Acrescenta que através do fundo, que é o A2E, a EDP apoia só neste ano de 2020 oito projetos sustentáveis de energia limpa nas áreas da saúde pública, educação, agricultura em cinco países em África que estão a impactar cerca de um milhão de pessoas.

Revelou que "foi uma dor de cabeça para explicar às pessoas porque é o que fazíamos as barragens e que estas não servem apenas para produzir eletricidade, mas há algumas para rega e consumo doméstico, e outras em que se produz energia. São grandes investimentos, pagos ao longo de muito tempo, e é preciso que alguém os faça. Foi a EDP que se chegou à frente e fez estes investimentos, mas é uma empresa global que tem os seus acionistas e todas as decisões são tomadas por eles e é uma das suas responsabilidades". Por isso fizeram uma campanha para mostrar aos portugueses a importância das energias hídricas.

Há 14 anos na estratégia de comunicação, decidiram-se por algumas áreas que "não eram as mais normais". Refere que optaram, "pela música de uma forma muito envergonhada mas fomos crescendo e hoje somos uma referência. Também estamos no surf, onde temos a Meo como parceira, e foi uma aposta porque tinha a ver com as nossas energias".
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