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Perguntas a Duarte Cordeiro
"Partner" da consultora Shiftify e antigo ministro do Ambiente e Ação Climática
Qual a importância de estar presente na COP29?
Durante as COP temos oportunidade de assistir a conversas relevantes sobre os últimos desenvolvimentos nas políticas climáticas, mas também sobre tecnologias que estão a ser aplicadas em todo o mundo. Quando pensamos no tema da aceleração climática, temos de partilhar o nosso conhecimento, mas também aprender com os desenvolvimentos mais inovadores.
As empresas precisam cada vez mais de ajuda na transição climática e energética?
Muitas empresas estão focadas nas suas áreas de negócio e podem recorrer à consultoria para planear o seu processo de descarbonização, mas também a explorar oportunidades que podem surgir nesse processo, especialmente no cruzamento com outros setores, seja através da modernização tecnológica ou na compensação carbónica. Há setores onde o processo de descarbonização é mais difícil, porque implica muita inovação, e nem todas as empresas têm departamentos de sustentabilidade e inovação preparados para a mudança.
"Partner" da consultora Shiftify
É diferente vir à COP como ministro e como empresário?
Como ministro, na última COP28, no Dubai, estive envolvido na negociação e na construção do entendimento final. É uma grande responsabilidade porque representamos o nosso país. Somos uma referência na geração de energia renovável e no financiamento climático a países em vias de desenvolvimento, com a troca de dívida pública de Cabo Verde e São Tomé por financiamento climático a esses países.
O Governo - e em particular a ministra do Ambiente e Energia - tem aproveitado, e bem, muito do trabalho feito em matéria de política energética, ambiental e de cooperação climática. Portugal tem de se manter ambicioso ao nível internacional.