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As marcas têm de ser ativas, proativas

João Epifânio considera que as marcas podem dar um contributo mais ativo do que têm dado, porque “as grandes marcas falam para todas as pessoas e não apenas para os seus clientes”.

30 de Outubro de 2020 às 11:15
João Epifânio referiu que as marcas falam para todas as pessoas.
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"Um plano do negócio, pelo facto de fazermos o deployment de uma tecnologia mais recente que consome menos energia, contribui para o processo de descarbonização do meio envolvente, porque permite uma outra abordagem em tudo o que são os serviços domésticos, e porque a própria infraestrutura consome menos energia, os eletrodomésticos consomem menos energia. E quando consumimos menos energias não fósseis estamos a dar um contributo para a descarbonização da economia", defendeu João Epifânio, Chief Sales Office da Altice Portugal.

Recordou que empresas como a Altice e a anterior PT tinham os princípios subjacentes à sustentabilidade, mas definidos sob a forma diferente de responsabilidade social, que não era um conceito tão abrangente como é o de sustentabilidade. Na sua opinião a sustentabilidade não pode ser vista apenas no âmbito da proteção social mas num sentido mais lato. "É um fenómeno de equilíbrio ambiental, social, e económico", considera João Epifânio.

O facto de hoje a sustentabilidade ser tão envolvente em que as pessoas estão tão disponíveis para participar tem a ver com o mundo ter atingido pontos de desequilíbrio que foram acentuados pela crise sanitária provocada pela covid-19. "Faz com que todos tenhamos uma preocupação crescente, o tema ganhe espaços de discussão nos meios de comunicação e, com grande ênfase, nas redes sociais, que hoje são também determinantes para estes fóruns", revelou João Epifânio.

Fator de coesão

Para este gestor da Altice Portugal, que é 17.º operador de telecomunicações a nível mundial, "temos de ter pontos de equilíbrio para termos uma sociedade mais justa que se transforme num fator de coesão entre pessoas, empresas e instituições".

João Epifânio considera que as marcas podem dar um contributo mais ativo do que têm dado porque "as grandes marcas falam para todas as pessoas e não apenas para os seus clientes". Devem falar "sem medos porque as marcas interrogam-se tempo demais sobre o que deveriam fazer, o que as pessoas poderão pensar. Se for uma atitude certa e que beneficie a sociedade, corrija problemas ou estimule soluções, a decisão só pode ser correta. Esta é a conclusão a que temos vindo a chegar, porque se reflete positivamente nas avaliações que as pessoas fazem das marcas. Quando estão no processo de seleção dos seus prestadores de serviços, ou de aquisição de um bem, os clientes têm em conta referenciais imateriais. As marcas são seres vivos que têm de se adaptar ao desenrolar da situação, têm de saber ser ativas, proativas."

Salientou que os acionistas da Altice Portugal "têm um nome, são pessoas com quem estamos regularmente, o que não é comum em empresas mundiais como Meo". Segundo João Epifânio, "estão despertos e disponíveis para a sustentabilidade e foi essa estratégia que nos levou, no passado mês de julho, a assumirmos, através da marca Meo, como comercializador de energia 100% verde. É um fator diferenciador da preferência dos clientes finais e é uma extensão natural do que é o nosso ecossistema".
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