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A conferência do Negócios 20|30 dedicada à governação pôs frente a frente Marcos Perestrello, do PS, e Pedro Reis, do PSD, para debaterem as políticas públicas para a sustentabilidade, de forma a apoiarem e alavancarem a atividade das empresas.
Ciente das grandes mudanças que estas têm de empreender a vários níveis na sua atividade, Marcos Perestrello começou por salientar que o primeiro grande desafio que se apresenta às empresas "é a velocidade com que a transição se faz". Assinalando que as empresas maiores têm mais capacidade de adaptação, o representante do Partido Socialista evidenciou que serão as empresas menores, que constituem o grosso do tecido empresarial português, a terem mais dificuldade, "porque essa adaptação vai ser muito mais rápida do que pensarão, visto que as grandes empresas para as quais trabalham assim as vão obrigar e isso tornará a vida dessas empresas muito difícil".
A poucas semanas das eleições legislativas, Marcos Perestrello defendeu que, em termos de políticas públicas para a transição climática, estas "têm sido consistentes ao longo dos anos, têm atravessado diversos governos e têm vindo a trazer uma evolução bastante significativa", exemplificando com a incorporação de praticamente 60% da produção de energia de fontes renováveis, "o que é muito significativo em termos europeus e mundiais". Também defendeu que devem existir políticas públicas para mitigar os desafios climáticos do país, nomeadamente a seca, a erosão costeira, os fogos, a floresta, o problema da gestão da água e dos resíduos. Já no que toca ao apoio às empresas, o representante do PS defendeu que deve haver um direcionamento dos apoios das políticas públicas. "Nós temos de abandonar a ideia, porque não é viável, de uma política totalmente transversal e igual para todos. É preciso eleger setores e é preciso eleger prioridades que beneficiem, por exemplo, a questão da transição digital", defendeu.
Marcos Perestrello salientou ainda que "é preciso incluir as pessoas", uma vez que as transformações que estão a ocorrer têm reflexo na sua vida, entre os quais encarecendo o preço de alguns produtos. "Temos de ter metas públicas ambientais ambiciosas, mas temos de ter equilíbrio na sua execução", recordando o recente recuo do Governo no agravamento do Imposto Único de Circulação (IUC) de automóveis mais antigos e poluentes. "Não se pode onerar demasiado as pessoas", concluiu.
Do outro lado do debate moderado pela jornalista e curadora do Negócios Sustentabilidade 20|30, Helena Garrido, o representante do PSD, Pedro Reis, começou por chamar a atenção para o grau de fiscalidade que pesa sobre as empresas, considerando-o "insustentável". Salientando o aumento da tributação indireta para acorrer à agenda vende.
Como maior partido da oposição, em termos de políticas públicas de sustentabilidade, Pedro Reis criticou a falta de medidas concretas nos últimos oito de governo do PS, sobretudo ao nível da governação. "Porque não considerar critérios ambientais como um majorante da decisão. Do que é que estamos à espera?", questionou entre muitas outras interrogações.
O representante do PSD criticou ainda haver alguma "diabolização dos mercados", defendendo que "os mercados e o setor privado são o verdadeiro motor de desenvolvimento e de criação de riqueza. Não conheço outro modelo."
Pedro Reis deixou a sugestão de utilizar parte do PRR para a inteligência artificial, de forma a dar um "salto quântico" na simplificação de processos na administração pública. Não deixando de criticar a "falta de equilíbrio" das verbas do PRR, em que 90% foram canalizadas para iniciativas do Estado.
Ciente das grandes mudanças que estas têm de empreender a vários níveis na sua atividade, Marcos Perestrello começou por salientar que o primeiro grande desafio que se apresenta às empresas "é a velocidade com que a transição se faz". Assinalando que as empresas maiores têm mais capacidade de adaptação, o representante do Partido Socialista evidenciou que serão as empresas menores, que constituem o grosso do tecido empresarial português, a terem mais dificuldade, "porque essa adaptação vai ser muito mais rápida do que pensarão, visto que as grandes empresas para as quais trabalham assim as vão obrigar e isso tornará a vida dessas empresas muito difícil".
A poucas semanas das eleições legislativas, Marcos Perestrello defendeu que, em termos de políticas públicas para a transição climática, estas "têm sido consistentes ao longo dos anos, têm atravessado diversos governos e têm vindo a trazer uma evolução bastante significativa", exemplificando com a incorporação de praticamente 60% da produção de energia de fontes renováveis, "o que é muito significativo em termos europeus e mundiais". Também defendeu que devem existir políticas públicas para mitigar os desafios climáticos do país, nomeadamente a seca, a erosão costeira, os fogos, a floresta, o problema da gestão da água e dos resíduos. Já no que toca ao apoio às empresas, o representante do PS defendeu que deve haver um direcionamento dos apoios das políticas públicas. "Nós temos de abandonar a ideia, porque não é viável, de uma política totalmente transversal e igual para todos. É preciso eleger setores e é preciso eleger prioridades que beneficiem, por exemplo, a questão da transição digital", defendeu.
Marcos Perestrello salientou ainda que "é preciso incluir as pessoas", uma vez que as transformações que estão a ocorrer têm reflexo na sua vida, entre os quais encarecendo o preço de alguns produtos. "Temos de ter metas públicas ambientais ambiciosas, mas temos de ter equilíbrio na sua execução", recordando o recente recuo do Governo no agravamento do Imposto Único de Circulação (IUC) de automóveis mais antigos e poluentes. "Não se pode onerar demasiado as pessoas", concluiu.
Do outro lado do debate moderado pela jornalista e curadora do Negócios Sustentabilidade 20|30, Helena Garrido, o representante do PSD, Pedro Reis, começou por chamar a atenção para o grau de fiscalidade que pesa sobre as empresas, considerando-o "insustentável". Salientando o aumento da tributação indireta para acorrer à agenda vende.
Como maior partido da oposição, em termos de políticas públicas de sustentabilidade, Pedro Reis criticou a falta de medidas concretas nos últimos oito de governo do PS, sobretudo ao nível da governação. "Porque não considerar critérios ambientais como um majorante da decisão. Do que é que estamos à espera?", questionou entre muitas outras interrogações.
O representante do PSD criticou ainda haver alguma "diabolização dos mercados", defendendo que "os mercados e o setor privado são o verdadeiro motor de desenvolvimento e de criação de riqueza. Não conheço outro modelo."
Pedro Reis deixou a sugestão de utilizar parte do PRR para a inteligência artificial, de forma a dar um "salto quântico" na simplificação de processos na administração pública. Não deixando de criticar a "falta de equilíbrio" das verbas do PRR, em que 90% foram canalizadas para iniciativas do Estado.