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Setor da aviação alerta para “efeito Trump” nos combustíveis ecológicos para aviões

Companhias aéreas receiam que medidas do presidente-eleito dos EUA ponham em causa os objetivos de neutralidade carbónica da aviação.

27 de Novembro de 2024 às 10:24
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A expansão dos combustíveis ecológicos para aviões poderá sofrer um "retrocesso significativo" com o regresso de Donald Trump à presidência dos Estados Unidos, alertam responsáveis do setor da aviação, que receiam a reversão dos créditos fiscais necessários para o arranque do setor.

Os receios foram assinalados por membros da Associação Internacional de Transportes Aéreos (IATA) e da American Airlines à Reuters, numa primeira avaliação do que uma presidência de Trump poderá significar para os combustíveis limpos para a aviação.

"Existem esses grandes riscos potenciais sobre o que a política de Trump realmente será e como isso realmente afeta a motivação de todos para combater as alterações climáticas", disse Marie Owens Thomsen, economista-chefe na IATA, à Reuters.

A Lei de Redução da Inflação (IRA, na sigla em inglês), de 2022, contém subsídios elevados para energia limpa e tem a assinatura do presidente Joe Biden para combater as alterações climáticas.

O setor das companhias aéreas europeias, que terá de cumprir novas regras para a utilização de combustíveis de aviação sustentáveis (SAF, na sigla em inglês) a partir de 2026, tem repetidamente apontado a IRA como um modelo útil para incentivar o investimento na construção de novas instalações de produção de SAF. Donald Trump, cético em relação ao clima, prometeu revogá-la, o que exigiria o apoio do Congresso.

Embora seja provável que as instalações de produção de SAF existentes continuem a produzir o combustível, qualquer revogação da IRA poderia pôr em risco o futuro de novos projetos, afirmaram à Reuters os peritos das companhias aéreas.

Atualmente, o combustível sustentável para a aviação representa cerca de 1% da utilização mundial de combustível para aviões, e os especialistas afirmam que a taxa de produção do combustível verde tem de aumentar rapidamente para que o setor atinja o objetivo de emissões líquidas nulas de carbono até 2050.

Porém, elementos do setor receiam que nova administração de Trump possa ter o efeito contrário. "O mercado precisa de certezas em termos de construção do seu reservatório", disse Ronce Almond, diretor de assuntos intergovernamentais da American Airlines, à Reuters.

 

 

 

 

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