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Reino Unido é o primeiro país do G7 a acabar com a produção de eletricidade a carvão

O encerramento da central em Ratcliffe-on-Soar põe fim a mais de 140 anos de produção de eletricidade a partir do carvão no território.

30 de Setembro de 2024 às 10:12
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A última central elétrica a carvão do Reino Unido fecha oficialmente as suas portas nesta segunda-feira, tornando o Reino Unido no primeiro país do G7 a acabar com a dependência deste combustível fóssil para produzir eletricidade.

A central localizada na vila de Ratcliffe-on-Soar, em Nottinghamshire, deixará de produzir eletricidade após 57 anos de funcionamento, estando o seu encerramento em conformidade com a política governamental de eliminação progressiva do carvão, iniciada em 2015. A medida põe também fim a mais de 140 anos de produção de eletricidade a partir do carvão na Grã-Bretanha.

"A era do carvão pode estar a terminar, mas uma nova era de bons empregos no setor da energia para o nosso país está apenas a começar", afirmou o ministro da Energia, Michael Shanks, num comunicado ao qual a Reuters teve acesso.

A diminuição da produção de eletricidade a partir do carvão contribuiu para reduzir as emissões de gases com efeito de estufa na Grã-Bretanha, que diminuíram para mais de metade desde 1990.

A Grã-Bretanha, que tem como objetivo atingir emissões líquidas nulas até 2050, planeia também descarbonizar o setor da eletricidade até 2030, o que exigirá um rápido aumento das energias renováveis, como a eólica e a solar.

As emissões de energia representam cerca de três quartos do total de emissões de gases com efeito de estufa.

Em abril, os principais países industrializados do G7 concordaram em eliminar a energia a carvão na primeira metade da próxima década, mas também deram alguma margem de manobra às economias que dependem fortemente do carvão, o que suscitou críticas dos grupos ecologistas.

"Há muito trabalho a fazer para garantir que o objetivo de 2035 seja cumprido e antecipado para 2030, em especial no Japão, nos EUA e na Alemanha", afirmou Christine Shearer, analista de investigação do Global Energy Monitor.

A energia do carvão continua a representar mais de 25% da eletricidade da Alemanha e mais de 30% da eletricidade do Japão.

Porém, "o Reino Unido provou que é possível eliminar gradualmente a energia a carvão a uma velocidade sem precedentes", afirmou Julia Skorupska, diretora do secretariado da Powering Past Coal Alliance, um grupo de cerca de 60 governos nacionais que procuram acabar com a energia a carvão, segundo a Reuters.

 

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