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Projeto europeu procura ideias para acelerar economia azul

Consórcio liderado pelo Instituto Politécnico da Guarda é cofinanciado com 3,1 milhões de euros. Tornar a pesca, as comunicações e o transporte marítimo mais sustentáveis entre os desafios.

02 de Outubro de 2024 às 10:17
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Até dezembro, empreendedores, investigadores e estudantes de Portugal, Espanha, França e Irlanda poderão submeter as suas ideias a um programa europeu que visa acelerar a digitalização e a sustentabilidade na economia azul.

Lançado pelo ADT4Blue, consórcio europeu liderado pelo Instituto Politécnico da Guarda (IPG), o programa de aceleração pretende incentivar a colaboração entre intervenientes de várias regiões, como centros de inovação digital, bancos de ensaio, fórum de investidores, incubadoras e aceleradores, permitindo-lhes adotar as melhores práticas.

Esta "open cal" é o primeiro de três programas de aceleração previstos no projeto ADT4Blue, que é cofinanciado pelo programa Interreg Atlantic Area com 3,1 milhões de euros. As três "open calls" visam capacitar iniciativas empreendedoras com base em tecnologias digitais avançadas para responderem aos desafios mais urgentes enfrentados pela economia azul.

Os desafios dividem-se por cinco áreas: aquicultura e pesca; comunicações; transporte marítimo; monitorização dos oceanos, conservação e proteção dos ecossistemas marinhos; e atividades portuárias.

Segundo o presidente do Politécnico da Guarda, o objetivo deste projeto é promover um desenvolvimento económico que não coloque em causa a sustentabilidade dos oceanos e do planeta. "A sustentabilidade tem inevitavelmente de passar pela investigação académica e pela criação de soluções para as ameaças que as atividades económicas trazem ao equilíbrio ambiental, como a emissão de gases com efeito de estufa, a perda de biodiversidade e a poluição do ar e da água", refere Joaquim Brigas.

Acelerar a digitalização e a sustentabilidade na economia azul passa por adotar tecnologias digitais avançadas, como a inteligência artificial, a cadeia de blocos e a IdC, destaca o IPG.

O IPG, associações, empresas, centros de investigação e universidades estrangeiras vão apoiar os autores das ideias selecionadas no primeiro de três programas de aceleração.

A partir de 18 de outubro e até 18 de dezembro, os participantes dos quatro países vão poder apresentar ideias que tornem os negócios ligados à economia do mar mais inovadores e competitivos através das tecnologias digitais, como a Inteligência Artificial, a tecnologia Blockchain ou a Internet das Coisas. Depois, um painel de avaliadores independente apurará quais são as melhores soluções apresentadas para os desafios em causa e convidará os seus autores para um programa de aceleração – todo ele online e em inglês – que os irá apoiar na tentativa de transformar essas ideias em negócios.

Já no próximo dia 10 de outubro terá lugar o primeiro evento de "Matchmaking" que visa promover a constituição de equipas para concorrerem à primeira chamada.

O ADT4Blue reúne um consórcio de 13 parceiros, dos quais quatro são portugueses: o Politécnico da Guarda, a Administração do Porto de Aveiro, a Administração do Porto da Figueira da Foz e a INOVA-RIA – Rede de Inovação em Aveiro.

 

 

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